A Polícia Civil prendeu em flagrante, na madrugada desta quarta-feira (15), o gerente de uma loja de conveniência suspeito de envolvimento em um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas em Porto Alegre. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins, após a suspeita de que uma vítima de intoxicação por metanol havia adquirido o produto no local.

O estabelecimento, localizado na zona leste da capital, não teve o nome divulgado pelas autoridades. No local, os agentes apreenderam 44 garrafas de bebidas, das quais duas apresentavam indícios claros de falsificação. Todo o material foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise laboratorial.

Segundo a delegada Milena Simioli, titular da unidade responsável pela investigação, o caso reforça o alerta sobre os riscos do consumo de bebidas sem procedência.

“É importante olhar o rótulo da garrafa, verificar se o lacre é de qualidade, se o rótulo não apresenta impressão de baixa qualidade e se a bebida possui selo oficial indicando o pagamento de tributos. Também é fundamental que o rótulo esteja escrito em língua nacional”, orienta a delegada.

Esta é a segunda prisão no âmbito da Operação Dose Letal, que investiga a comercialização de bebidas falsificadas no Rio Grande do Sul. Na última sexta-feira (10), o proprietário de uma loja de conveniência em Osório também foi preso pelo mesmo tipo de crime.

O homem detido em Porto Alegre vai responder por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios — crime previsto no artigo 272 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa.

A Polícia Civil reforça o pedido para que a população colabore com as investigações por meio dos canais de denúncia disponíveis, garantindo sigilo absoluto das informações.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-510-2828.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e apurar a origem das bebidas adulteradas, que representam grave risco à saúde pública.