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Incorporadoras têm receita recorde no 2º tri, mas lucro cai

Relatório da Grant Thornton Brasil mostra que o setor segue aquecido com vendas em alta, margem bruta estável e endividamento controlado, apesar da...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
10/10/2025 às 14h55
Incorporadoras têm receita recorde no 2º tri, mas lucro cai
Unsplash

O mercado imobiliário brasileiro manteve sua trajetória de crescimento no 2º trimestre de 2025, alcançando receita combinada recorde de R$ 13,2 bilhões entre as incorporadoras listadas no Novo Mercado da B3, segundo estudo da Grant Thornton Brasil. O desempenho reforça a resiliência do setor, que continua aquecido mesmo diante de fatores econômicos desafiadores. Contudo, as perdas de valor recuperável (impairment) impactaram diretamente a lucratividade, reduzindo o lucro líquido em 16,4% em relação ao mesmo período de 2024, para R$ 1,1 bilhão.

A margem de lucro líquido caiu para 8,6%, mas sem o efeito do impairment teria atingido 14,5%, com lucro de R$ 1,9 bilhão. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) também foi pressionado, fechando em 11,7%, mas poderia ter alcançado 13,1% não fosse a perda contábil. Já a margem bruta se manteve estável em 29,6%, com avanço de 2,7 pontos percentuais frente ao 2º Trimestre de 2024, mesmo com crescimento de 9,9% nos custos, que somaram R$ 8,9 bilhões. As despesas administrativas aumentaram 7,9% no período, e as comerciais cresceram 29,7%, acompanhando o maior volume de receitas.

Os lançamentos recuaram 6,8% no trimestre, mas as vendas avançaram 2,6% em comparação ao mesmo período de 2024, sustentando a tendência positiva do setor. A demanda segue especialmente forte em projetos de habitação acessível, impulsionados pelo programa Minha Casa Minha Vida. Os estoques somaram R$ 46,9 bilhões em junho de 2025, com alta de 3,9% no trimestre e de 5,7% no semestre. As contas a receber tiveram crescimento de 7,4% no trimestre e 12,1% no semestre, enquanto o saldo de empréstimos aumentou apenas 1,9% no período, mantendo a relação dívida/patrimônio em 74%, o que reflete equilíbrio financeiro e disciplina na gestão de capital.

De acordo com Maria Regina Abdo, sócia de Auditoria e líder de Real Estate da Grant Thornton Brasil, os resultados reforçam a capacidade de adaptação das incorporadoras: “As companhias avaliadas têm se antecipado aos desafios do mercado e adotado uma gestão mais estratégica e eficiente de suas despesas administrativas e comerciais, o que tem permitido preservar a rentabilidade em um ambiente de maiores pressões”.

Já Thiago Bragatto, sócio de Auditoria da Grant Thornton Brasil e coordenador do estudo, destaca que as perspectivas seguem favoráveis: “Apesar da influência de fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos e o cenário econômico doméstico, programas habitacionais e a crescente demanda por moradia acessível sustentam uma tendência positiva para os próximos trimestres. Isso reforça a relevância do setor como motor de desenvolvimento econômico e social no Brasil”.

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