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Como a IA reduz empregos repetitivos e cria especializados

O relatório do Fórum Econômico Mundial indica que a inteligência artificial promoverá a redução de vagas juniores e repetitivas. Cargos como caixas...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
07/10/2025 às 14h38
Como a IA reduz empregos repetitivos e cria especializados
Freepik

O relatório do Fórum Econômico Mundial “Future of Jobs Report 2025” projeta para o período de 2025 e 2030 que 92 milhões de vagas de trabalho deixarão de existir. No entanto, 170 milhões de novas funções surgirão, implicando crescimento líquido de 7% no emprego mundial.

O relatório indica que a IA promoverá a redução de vagas juniores e repetitivas. Cargos como caixas e atendentes de bilheteria, digitadores, secretários executivos e assistentes administrativos, servidores de correios e bancários devem reduzir em números absolutos. Em contrapartida, haverá geração de empregos especializados em funções tecnológicas e ligadas à transição verde.

Destacam-se especialistas em big data, engenheiros de fintech, especialistas em IA e machine learning, desenvolvedores de software e aplicativos, analistas de segurança da informação, engenheiros ambientais e de energia renovável, e especialistas em veículos autônomos e elétricos.

Estarão em alta postos que exigem habilidades avançadas e muita especialização, sinalizando uma demanda crescente por profissionais com formação técnica aprofundada e capacidade de inovar e adaptar-se ao cenário tecnológico.

A fossilização das profissões e os impactos da tecnologia

O artigo “A Inserção da Inteligência Artificial no Mercado de Trabalho e suas Consequências”, de autoria de Igor Mantovani Veiga Vicentin e do Dr. Alder Thiago Bastos destaca que a automação, impulsionada por IA, está diretamente ligada à eliminação de postos de trabalho, sobretudo aqueles que envolvem tarefas rotineiras e repetitivas.

Funções como serviços administrativos, operacionais, braçais e de atendimento ao público, antes porta de entrada, veem-se agora progressivamente substituídas por maquinário e algoritmos, tornando-se profissões obsoletas e fossilizadas. Apesar disso, o estudo aponta que a IA "destrói" certas funções e, simultaneamente, "cria" novas oportunidades e exige dos profissionais uma requalificação significativa em formação e adaptabilidade.

O artigo enfatiza a urgência em desenvolver habilidades que a IA não possa replicar, como interação humanizada e julgamento crítico, além da aprendizagem contínua. O material desenha um panorama em que a adaptação proativa às demandas tecnológicas, mais que uma vantagem, é uma necessidade para sobreviver e prosperar profissionalmente.

Reinventando carreiras: a imperativa busca por capacitação na era da IA

Neste contexto, o artigo da Faculdade de Administração e Economia (FAE) de São José dos Pinhais-PR “Tecnologia e Capacitação: O Caminho para a Reinvenção Profissional” enfatiza que a capacitação e a reinvenção profissional deixaram de ser um diferencial para se tornar uma necessidade incontornável.

O texto destaca que as funções repetitivas e puramente operacionais são as mais suscetíveis à automação, exigindo dos profissionais um movimento proativo direcionado a desenvolver novas competências para prosperar nesse ambiente dinâmico. Os indivíduos precisam investir continuamente em aprendizado, buscar aprimorar habilidades e adquirir novos conhecimentos que as máquinas ainda não conseguem replicar.

A redenção: novas oportunidades e meios para proteger carreiras

Oded Israeli, Chief Marketing Officer (CMO) da startup israelense Wawiwa Tech, que já requalificou mais de 50 mil profissionais para a tecnologia, relata que “profissionais que nunca trabalharam com tecnologia precisam ingressar em setores impulsionados pela IA, enquanto os trabalhadores atuais devem continuamente atualizar habilidades para manter seus currículos relevantes. Isso exige agilidade: atualizar programas, alinhar diplomas e cursos às necessidades do segmento para acompanhamento das inovações da IA e garantir a sobrevivência no mercado profissional em transformação”.

Diercio Ferreira, CEO da TechTalent Innovation School de Belo Horizonte, defende que “o modelo educacional para a capacitação em tecnologia num cenário schumpeteriano de destruição criativa de empreendimentos e profissões exige adotar abordagens de IA em todos os lugares, integrando a IA aos programas de treinamentos, operações comerciais e metodologias de ensino. Garantindo que as empresas e profissionais aprendam a usar a inteligência artificial em vez de serem substituídos por ela”.

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