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COVID-19: Hospital Tacchini participa de estudo com novo medicamento

Casa de Saúde é um dos 40 hospitais do país que irão realizar o uso de Dapaglifozina em pacientes com sintomas de risco moderados de coronavírus.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/09/2020 às 14h08 Atualizada em 22/09/2020 às 16h25
COVID-19: Hospital Tacchini participa de estudo com novo medicamento
Divulgação

O Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde (ITPS) ingressou recentemente em um novo estudo destinado a pacientes de risco moderado com diagnóstico confirmado de COVID-19. O objetivo é avaliar a eficácia e a segurança do medicamento Dapagliflozina no combate à insuficiência respiratória. O nome da pesquisa, DARE-19, é abreviatura da expressão em inglês Dapagliflozin in Respiratory Failure in Patients With COVID-19.

A pesquisa, que está na fase 3 de execução, é multicêntrica e internacional, envolvendo instituições de saúde dos Estados Unidos, México, Índia, Reino Unido e Brasil. O DARE-19 é randomizado e utiliza o método duplo-cego, ou seja, nem o pesquisador nem o paciente sabem se o tratamento está sendo realizado com medicamento ou com placebo. No Brasil, o centro principal da pesquisa é o Hospital Albert Einstein. É a ele que as demais instituições, incluindo o ITPS se reportam.

“Dados mais recentes têm mostrado que os pacientes com COVID-19 que apresentam maior risco de desenvolver complicações graves, incluindo morte, são aqueles com doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, doença cardiovascular aterosclerótica, insuficiência cardíaca ou doença renal. Além disso, uma grande proporção desses pacientes desenvolve complicações cardiovasculares ou renais graves. Nesse contexto, o estudo é muito importante pois pretende demonstrar que a Dapaglifozina pode oferecer proteção a órgãos vitais, especialmente coração e rins, evitando agravamentos nos quadros de COVID-19”, avalia Nicole Golin, médica infectologista e Investigadora Principal do estudo no Tacchini.

No total, serão 900 pacientes incluídos no estudo, metade deles no Brasil. Dos 40 centros que participarão da pesquisa com Dapagliflozina no país, 22 já foram selecionados, entre eles o ITPS, única instituição da serra gaúcha a integrar esse grupo. A proposição do estudo é o uso do medicamento, com dose de 1 comprimido de 10 mg por via oral, uma vez ao dia, por um período de 30 dias. “O risco de efeitos colaterais é muito baixo, e os pacientes que aderirem ao protocolo da pesquisa serão monitorados por um período de 90 dias pela nossa equipe do ITPS”, descreve Nicole.

Os pesquisadores pretendem concluir o estudo até dezembro de 2020 para submeter a aprovação do uso do medicamento aos órgãos governamentais reguladores: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil, o FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos, e a European Medicines Agency (EMA), da União Europeia. “Estamos muito satisfeitos por termos sido escolhidos como um dos sítios desse estudo. Considera-se alta a probabilidade de resultados positivos, no sentido de oferecer maior proteção para um grupo de pacientes que tende a apresentar evolução desfavorável num quadro de infecção pelo SARS-CoV-2”, comenta a médica.

Quem pode participar

Como requisitos para participar do estudo, o paciente deve ter mais de 18 anos e ter diagnóstico confirmado de COVID-19, com doença moderada,ou seja, estar internado em enfermaria há menos de quatro dias, sem o uso de oxigênio ou dependente de pequena quantidade (cinco litros de oxigênio por minuto) e que possua ao menos um fator de risco para o coração ou rim (doença renal crônica, pressão alta, diabetes tipo 2, doenças cardíacas como infarto prévio, doença aterosclerótica, insuficiência cardíaca). Durante o estudo, os pacientes serão acompanhados diariamente e, após a alta hospitalar, serão monitorados por uma equipe do ITPS durante até 90 dias.

A Dapagliflozina

Lançada em 2015 para auxiliar no tratamento da diabetes, insuficiência cardíaca e/ou doença renal crônica, a Dapagliflozina age diretamente nos rins inibindo a proteína responsável pela reabsorção de glicose para o sangue, a SGLT2. Quando essa proteína é inibida, a glicose em excesso não retorna para a circulação sanguínea e é removida do corpo pela urina, consequentemente, ocorre uma redução dos níveis de açúcar no sangue. Em 2019, também foi comprovada a eficácia do medicamento na redução do risco de insuficiência cardíaca.

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