O governador Eduardo Leite anunciou, na segunda-feira (1º/9), o início das obras das novas pontes sobre o Arroio Grande e o Arroio Barriga, em Santa Maria, na RSC-287. As estruturas, levadas pelas enchentes de maio de 2024, serão substituídas por projetos modernos e resilientes, que incluem duplicação de pista, alteamento do leito da rodovia e soluções de engenharia voltadas a suportar futuros eventos climáticos extremos.
“Hoje estamos dando o início das obras das novas pontes na RSC-287 e com isso mostrando, na prática, a nossa capacidade de planejar, articular e entregar. Vamos entregar obras mais modernas, mais seguras e preparadas para enfrentar os desafios de um clima cada vez mais extremo”, disse Leite.
O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, avaliou que a intervenção vai além da reposição da estrutura destruída. “O que estamos iniciando hoje simboliza muito bem o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul. Não se trata apenas de restabelecer uma ponte nas condições em que estava, mas de entregar uma estrutura nova, moderna e preparada para resistir a eventos climáticos extremos”.
Obras sobre Arroio Grande
No Arroio Grande, localizado no km 226 da rodovia, serão construídas duas novas pontes, cada uma com 11,1 metros de largura e mais de 60 metros de comprimento, além da duplicação de 800 metros de pista elevada em aproximadamente 2 metros com aterro em pedra.
O investimento estimado é de R$ 60 milhões, com previsão de mais de 150 colaboradores. O cronograma prevê a conclusão da primeira ponte em seis meses e da segunda em sete, totalizando 13 meses de execução.
Ponte sobre Arroio Barriga
Já no Arroio Barriga, no km 167, o projeto prevê a construção de uma ponte com 12 metros de largura e mais de 50 metros de comprimento, além da adequação da pista existente aos novos critérios de dimensionamento hidráulico.
O alteamento da rodovia será de aproximadamente 2 metros em relação à antiga estrutura, utilizando cerca de 11 mil m³ de aterro em pedra, para maior resistência às cheias. O investimento é estimado em R$ 20 milhões, com cerca de 100 trabalhadores envolvidos e prazo de seis meses para conclusão.
As intervenções serão executadas pela concessionária Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr). “Estamos falando de uma ponte mais resiliente: dois metros mais alta, mais larga, construída sobre fundações sólidas para resistir a eventos climáticos de alto impacto”, disse Cristian Sandoval Cataldo, diretor da Sacyr América Latina.
Resiliência
A rodovia foi uma das mais afetadas pela catástrofe climática. Desde a queda da estrutura sobre o Arroio Grande, o tráfego na região foi mantido com apoio do Exército Brasileiro, que instalou pontes metálicas provisórias. Elas serão desativadas após a entrega das novas obras.
O governador Eduardo Leite destacou que as obras não representam apenas a reposição do que foi perdido, mas a oportunidade de construir um Rio Grande do Sul mais preparado para o futuro.
“O Rio Grande do Sul está se reerguendo mais forte do que antes. As enchentes testaram os limites do nosso Estado, mas a resposta do povo gaúcho é de resiliência e de superação. Cada ponte, cada estrada reconstruída simboliza essa força. Nada disso é simples, mas é assim que se garante uma entrega definitiva. Em poucos meses, já teremos a travessia restabelecida, e em pouco mais de um ano toda a obra estará concluída, com pista duplicada e infraestrutura que projeta o futuro”, ressaltou o governador.
Texto: Lucas Barroso/Ascom Serg e Sue Gotardo/Secom
Edição: Anderson Machado/Secom