Bento Gonçalves (RS) — Uma ação rápida e integrada da 2ª Delegacia de Polícia Civil e da Brigada Militar, por meio do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), evitou, na tarde desta segunda-feira (18), uma nova tentativa de estelionato contra uma loja de materiais de construção em Bento Gonçalves. Foram detidos um homem de 49 anos, uma mulher de 22 anos e apreendido um adolescente de 17 anos, suspeitos de integrar o esquema criminoso, que já havia provocado um prejuízo de aproximadamente R$ 15 mil ao mesmo estabelecimento no último sábado (16).

Segundo o proprietário da empresa, de 58 anos, o golpe consistia no uso de um número de WhatsApp falso, que se passava por uma empresa fictícia para solicitar materiais. As mercadorias eram entregues por motoristas terceirizados, sem pagamento, em pontos previamente combinados — o último deles na Rua Pedro Rosa, no bairro Maria Goretti. No sábado, a entrega foi realizada e os responsáveis desapareceram com a carga.

Desconfiado de uma segunda solicitação nos mesmos moldes, o empresário acionou as forças policiais. Durante as diligências, um caminhão que faria nova entrega foi monitorado até o endereço indicado. Um dos suspeitos chegou a danificar o próprio celular e tentou fugir, mas acabou contido pelos policiais.

Pouco depois, outro caminhão se aproximou do local, contratado pelo mesmo contato fraudulento para realizar o frete. Com base nas informações coletadas, os agentes conseguiram localizar previamente o destino final dos materiais — um depósito em um porão residencial. No momento da abordagem, dois adultos foram flagrados monitorando a movimentação no local da receptação.

Todos os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registro da ocorrência. Após os procedimentos legais, os adultos foram liberados e o adolescente ficou à disposição da Justiça.

De acordo com a delegado Rodrigo Morale, titular da 2ª Delegacia de Polícia, o caso serve de alerta aos empresários da região para redobrarem os cuidados com pedidos via aplicativos de mensagem. As investigações agora buscam identificar outros integrantes do esquema e se há conexões com golpes semelhantes no interior do Estado.