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Vistos de trabalho são alternativas ao ‘Trump Card’

Enquanto o visto de R$ 28,7 milhões ganha os holofotes, o diploma e a experiência abrem um caminho mais realista para os EUA. Especialista da WeVis...

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
18/07/2025 às 20h21
Vistos de trabalho são alternativas ao ‘Trump Card’
Freepik

A promessa de Donald Trump de um Green Card atrelado a investimentos milionários, popularizada como “Trump Card” e com cifras que podem chegar a R$ 28,7 milhões, tende a ofuscar a realidade da imigração para os Estados Unidos.

Adrielli Lucena, coordenadora do setor de vistos da WeVisa, explica que “a realidade da imigração para profissionais brasileiros, hoje, nos EUA é marcada por grandes oportunidades, especialmente para trabalhadores qualificados como: engenheiros, cientistas, profissionais de saúde, TI etc.”. 

A coordenadora destaca que “experiência de trabalho qualificada e talentos reconhecidos são, de fato, a verdadeira moeda para a obtenção de vistos de residência permanente mais acessíveis e comuns”.

Isso significa que o maior ativo que um profissional brasileiro possui em relação à intenção de imigrar para os EUA é, na verdade, o currículo e a trajetória profissional.

Estratégias para diferentes perfis profissionais

É possível elaborar diferentes estratégias conforme o perfil profissional de cada pessoa, a área de atuação e os interesses profissionais. De acordo com Lucena, essas são algumas das principais opções: 

  • Profissional de saúde (enfermagem, fisioterapia, medicina e odontologia): a estratégia passa por validar o diploma e a licença profissional nos EUA (por meio de exames como NCLEX, TOEFL e USMLE). É essencial buscar oportunidades com patrocínio de clínicas ou hospitais, via H-1B ou EB-3. Para médicos com experiência e especialização, o EB-2 NIW pode ser viável com atuação em áreas carentes (underserved areas).
  • Acadêmicos e pesquisadores: publicações científicas, participação em conferências e prêmios são elementos que “ajudam muito no EB-1 (Extraordinary Ability) ou EB-2 NIW (National Interest Waiver), que não exigem oferta de emprego”, explica a coordenadora. Uma alternativa é trabalhar em universidades ou centros de pesquisa dos EUA com visto J-1 (research scholar) ou H-1B, para então migrar para o Green Card.

Entre as alternativas, o visto EB-2 é frequentemente citado. Lucena explica que ele pode ser dividido em duas categorias:

  1. EB-2 com oferta de emprego (Job Offer + PERM): “Essa modalidade exige que uma empresa americana esteja disposta a contratar e patrocinar você. Para isso, a empresa precisa comprovar que não há cidadãos ou residentes permanentes americanos qualificados para a vaga, um processo conhecido como PERM. Embora seja um caminho mais burocrático, torna-se totalmente viável se você tiver um empregador comprometido com o seu processo”.
  2. EB-2 NIW (National Interest Waiver): “A sigla significa 'dispensa por interesse nacional'. Você não precisa de oferta de emprego nem patrocínio. O próprio candidato se aplica, provando formação avançada (mestrado ou graduação com experiência) ou habilidades excepcionais. É fundamental demonstrar que seu trabalho é importante para os EUA (inovação, saúde pública ou impacto social), e que seria benéfico para o país dispensar a exigência de emprego formal”.

Para que um profissional possa avaliar a qualidade do currículo, Lucena sugere um guia prático. É importante considerar a qualificação acadêmica necessária, como mestrado completo ou bacharelado com mais de 5 anos de experiência profissional relevante na mesma área. 

A coordenadora relata que “é necessário avaliar também as conquistas que demonstram destaque ou impacto, como artigos publicados, cartas de recomendação de especialistas (inclusive internacionais) ou trabalhos reconhecidos por órgãos relevantes”. Por fim, Lucena explica que também é preciso analisar a relevância do trabalho executado para os EUA.

A coordenadora complementa que “o grande desafio, após entender as diversas alternativas de vistos baseados em carreira, reside em identificar o visto correto para cada perfil e construir uma argumentação sólida para as autoridades americanas”. 

Nesse ponto, a assessoria especializada torna-se indispensável. Lucena aconselha que “o primeiro passo seria montar o seu dossiê com todas as suas qualificações e experiências conforme citamos acima, e após isso agendar uma avaliação jurídica para analisar se seu perfil realmente se enquadra ao EB-2”. 

Uma consultoria pode realizar exatamente essa análise estratégica, montando um processo personalizado para maximizar as chances de sucesso do cidadão interessado.

Para saber mais, basta acessar: https://wevisa.com.br/

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