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Ciclismo pode melhorar até o desempenho do intestino

Estudos recentes indicam que pedalar apresenta benefícios que se estendem ao sistema gastrointestinal.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
11/06/2025 às 09h53 Atualizada em 11/06/2025 às 10h05
Ciclismo pode melhorar até o desempenho do intestino

A prática do ciclismo fortalece os músculos e melhora o condicionamento físico, mas o que muitos desconhecem é que a bicicleta pode ser uma aliada para quem sofre com problemas digestivos. Estudos recentes indicam que o ciclismo apresenta benefícios que se estendem ao sistema gastrointestinal, auxiliando no controle da prisão de ventre e do refluxo gastroesofágico.

O gastroenterologista Rodrigo Rodrigues detalha o mecanismo por trás dessa descoberta. Segundo o médico, o ato de pedalar acelera o trânsito dos alimentos pelo intestino, enquanto os movimentos repetitivos das pernas estimulam os órgãos do trato gastrointestinal. O processo melhora o fluxo sanguíneo na região e intensifica a produção de enzimas digestivas.

O conforto durante a prática depende de fatores como a escolha adequada de vestimentas, desde um top feminino apropriado até calçados confortáveis. Por ser uma atividade de baixo impacto, a bicicleta não sobrecarrega as articulações enquanto promove diversos benefícios para a saúde física e mental, como informa o Ministério da Saúde.

Benefícios para o corpo

Em sua coluna autoral, a fisioterapeuta Ana Luísa Marçal informa que o exercício não apenas fortalece o músculo cardíaco, mas modifica a própria mecânica respiratória dos praticantes. Também contribui para a estimulação da circulação sanguínea e reduz as chances de desenvolver problemas cardíacos. Os efeitos se manifestam, sobretudo, quando a prática é mantida de forma regular.

A biomecânica do ciclismo envolve uma cadeia muscular complexa, embora o quadríceps receba a maior carga de trabalho. Durante uma pedalada, grupos musculares das pernas, glúteos, região abdominal e dorsal atuam de forma coordenada, promovendo ganhos de força que transcendem o movimento específico da modalidade.

Ana Luísa destaca particularidades da atividade para o público feminino. Segundo suas observações, mulheres que aderem à bicicleta desenvolvem fortalecimento acentuado em pernas, glúteos e coxas. A coordenação motora e a flexibilidade também apresentam melhoras.

Mas para assegurar todos os benefícios, é necessário ter atenção aos detalhes do equipamento, desde o ajuste da bicicleta até peças do vestuário como bermudas fitness, que podem influenciar o rendimento nos treinos.

Para pessoas com sobrepeso, a bicicleta oferece vantagens adicionais: o movimento não causa impacto excessivo nas articulações, permitindo queima calórica sem riscos de lesões futuras.

Benefícios para a saúde mental

A prática regular do ciclismo estimula a produção de serotonina e endorfina, hormônios ligados à sensação de prazer e bem-estar. O cirurgião bariátrico Guilherme Cotta ressalta que o exercício ao ar livre ajuda a reduzir o estresse e pode prevenir transtornos como ansiedade e depressão.

A fisioterapeuta Ana Luísa Marçal vai além e posiciona a bicicleta como ferramenta auxiliar no tratamento de quadros depressivos. “A atividade ajuda a liberar a endorfina, hormônio relacionado ao bem-estar, à felicidade e ao bom humor”.

O neurologista Yuri Macedo aponta outro benefício: a melhora na qualidade do sono. Pedalar de forma regular pode ajudar a prevenir distúrbios como a insônia, proporcionando melhor disposição ao acordar.

Modalidades e acessibilidade

O ciclismo oferece diversas modalidades que atendem diferentes perfis e objetivos. O ciclismo de estrada, praticado em asfalto com bicicletas leves e aerodinâmicas, foca em velocidade e resistência. Já o mountain bike utiliza terrenos acidentados como trilhas e montanhas, exigindo bicicletas mais robustas.

Para quem prefere explorar novos lugares, o cicloturismo permite longas viagens de bicicleta com paradas para descanso e visitas turísticas. O BMX atende ao público que busca manobras acrobáticas e saltos em pistas com obstáculos.

A modalidade indoor, conhecida como spinning, oferece uma alternativa para quem prefere o ambiente controlado de academias. Realizada em bicicletas estacionárias, imita a sensação de pedalar em diferentes terrenos e velocidades.

Cuidados e prevenção de lesões

O ortopedista Pedro Badim alerta para os riscos que podem comprometer os benefícios da modalidade. Apoiar o peso corporal inadequadamente no guidão ou manter posições estáticas prolongadas pode comprimir o nervo do cotovelo, gerando dor regional e cãibras nos dedos. Casos mais graves chegam a exigir intervenção fisioterápica ou cirúrgica.

Quedas representam outro fator de atenção, com potencial para fraturas, luxações e instabilidade articular no tornozelo. Problemas na coluna vertebral também figuram entre as complicações possíveis.

A prevenção começa no ajuste correto da bicicleta às medidas corporais do usuário. Altura do selim, posicionamento do guidão e alinhamento dos pedais influenciam diretamente na biomecânica do movimento. Equipamentos de proteção individual (capacete, luvas, óculos e calçados específicos) completam o conjunto de medidas preventivas essenciais.

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