Um imóvel localizado na Rua Parnaíba, no bairro São Bento, em Bento Gonçalves, virou alvo de denúncia pública por apresentar risco sanitário extremo. A situação foi exposta pelo vereador Moisés Scussel Neto (MDB), que publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado (24) cobrando providências do poder público.
De acordo com o parlamentar, o local abriga focos do mosquito da dengue, proliferação de ratos, lixo acumulado e cães em situação de abandono. O imóvel fica ao lado de uma escola de educação infantil e próximo a estabelecimentos gastronômicos, aumentando o alerta para a saúde pública. “É inadmissível que, ao lado de uma creche com dezenas de crianças, exista um verdadeiro criadouro de doenças. Já fizemos diversas requisições à Prefeitura, mas até agora nenhuma ação concreta foi tomada”, criticou Scussel.
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Moradores da região relatam que a situação persiste há meses e que, apesar de parte dos animais terem sido retirados, o problema continua. “Já foram doados seis filhotes e a fêmea foi recolhida e castrada, mas não conseguimos devolvê-la para esse ambiente. Ainda restam o macho e outro cão branco, peludo, que permanecem no local em situação de abandono”, contou uma vizinha.
A denunciante afirma ter tomado conhecimento da situação ainda em outubro de 2024, ao pedir ajuda para socorrer os filhotes. “Na época, o pátio era praticamente intransitável de tanto lixo e sujeira. Hoje está um pouco melhor, mas a situação dentro da casa é ainda mais grave”, relatou.
O imóvel abriga uma senhora idosa e um homem mais jovem, e segundo os vizinhos, ambos enfrentam problemas de acúmulo compulsivo de objetos, o que tem agravado o quadro.
Uma das maiores revoltas entre os moradores é a postura da fiscalização da Prefeitura de Bento Gonçalves. “É um absurdo. Uma fiscal esteve no local e afirmou que os cães não estavam em situação de maus-tratos. Se viver no meio do lixo, sem higiene e rodeado de ratos, não configura maus-tratos, então não sei mais o que é”, desabafou uma moradora.
A denúncia gerou grande repercussão nas redes sociais, principalmente por envolver crianças em idade escolar, animais em sofrimento e riscos evidentes de contaminação por dengue, leptospirose e outras doenças.