A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi palco da prisão do ex-delegado da Polícia Civil Marcos Roberto Vianna, nesta quarta-feira (7). Vianna, que atuou como titular da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP de Santa Maria) entre 2012 e 2013, foi detido em cumprimento de mandado de prisão após a confirmação de sua condenação a mais de 20 anos de reclusão pelo crime de estupro.
O caso, que tramitava na justiça desde 2019, culminou com a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) que manteve a sentença de primeira instância. A Polícia Civil, questionada sobre o processo, não divulgou detalhes adicionais, informando apenas que o delegado estava afastado de suas funções.
A investigação policial, conduzida pela Corregedoria de Polícia, foi iniciada em 2021 e rapidamente encaminhada ao judiciário. Além de sua passagem por Santa Maria, Marcos Roberto Vianna também possui histórico de atuação nas delegacias de São Borja e São Francisco de Assis. Sua trajetória profissional inclui a participação na força-tarefa de delegados responsável pela investigação do trágico incêndio da Boate Kiss, ocorrido em 2013. Atualmente, o ex-delegado residia em Santa Maria.
Detalhes do Crime:
O crime de estupro pelo qual Vianna foi condenado teria ocorrido em 2019, na cidade de São Borja, durante o período em que ele exercia suas funções naquele município, na fronteira com a Argentina. As vítimas foram duas estagiárias que trabalhavam na mesma delegacia. Além do crime de estupro, o ex-delegado também foi acusado de importunação sexual e assédio sexual, resultando em uma pena total de 20 anos e 3 meses de prisão, a ser cumprida em regime fechado. A sentença judicial também determinou a perda de seu cargo público na Polícia Civil.
Prisão e Defesa:
Após a confirmação da sentença pelo TJRS e a expedição do mandado de prisão, Marcos Roberto Vianna foi conduzido à Casa de Custódia Prisional do Palácio da Polícia, em Porto Alegre. O advogado de defesa, Daniel Tonetto, manifestou a inocência de seu cliente e anunciou que irá interpor recurso de revisão criminal, alegando a existência de novas provas. "Ingressarei com recurso de revisão criminal, tendo em vista novas provas", declarou Tonetto.