De janeiro a julho deste ano, a economia brasileira registrou – quase que em sua totalidade – números negativos para os segmentos da indústria. No entanto, o cenário parece estar mudando! De acordo com dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado, em agosto, o setor moveleiro apresentou uma pequena melhora, se comparado a julho deste ano.
A produção de móveis em volumes no Brasil alcançou 36,2 milhões de peças, uma alta de 14,6%. No Rio Grande do Sul o panorama também foi positivo. O Estado alcançou 7 milhões de peças, cerca de 14,7% a mais, e a indústria de transformação também apresentou aumento de 1%. O consumo aparente de móveis nacional chegou a 35,7 milhões de peças, um aumento de 15,2% em volumes. Já o gaúcho somou 6,6 milhões de peças, o que representa 13,7% de crescimento.
A participação dos móveis importados no Brasil foi de 2,6% no mês de agosto e no acumulado anual, e a dos móveis exportados foi de 3,7% a.a.. No RS, os importados representaram 0,6% do consumo interno e os exportados 5,9% mensal. A produtividade da indústria moveleira também teve um aumento de 10,7% e a da indústria de transformação registrou 2,9% de crescimento.
Um dos poucos segmentos que apresentou números negativos nos últimos 12 meses foi o de geração de empregos, com retração de 9% e queda de 0,5% no volume. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED, no mês de agosto foram encerradas 845 vagas de trabalho no setor moveleiro nacional, chegando a 235.188 empregos diretos, uma queda de 5,1% em relação a dezembro de 2015. Considerando o mesmo período de comparação, no Rio Grande do Sul ocorreu o fechamento de 255 postos de trabalho, consolidando 34.249 empregos diretos, uma redução de 4,6%. A média salarial também teve desvalorização, caindo 0,9% em agosto. Na indústria de transformação a queda foi ainda maior: 1,9%.
Os índices negativos aparecem novamente nas vendas do comércio varejista de móveis, que sofreram queda de 5,6% em volume e de 5,7% em valores. Os números são um pouco melhores no Rio Grande do Sul: redução de 2,4% em volume e de (-) 3% em valores. Segundo o presidente da Movergs, Volnei Benini, a expectativa é que – gradativamente – os números apresentem pequenas melhoras. “A elevação dos índices acontecerá lentamente”, explica o executivo, que completa: “Só conseguiremos ver uma melhora considerável, a partir do segundo semestre do ano que vem”.