Os servidores municipais de Bento Gonçalves se reuniram em uma assembleia massiva nesta quinta-feira, 30 de janeiro, no auditório da Escola Bento, para manifestar sua insatisfação com os projetos do prefeito Diogo Siqueira, que preveem a retirada de direitos de futuros servidores concursados. A reunião, organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindiserp-BG), contou com ampla participação e foi marcada por debates intensos e deliberações importantes.

De acordo com a presidente do Sindiserp-BG,  Neilene Lunelli, os projetos em tramitação afetam diretamente o Fundo de Aposentadoria e Pensão dos Servidores de Bento Gonçalves (FAPBSENTO), com potenciais prejuízos para a sustentabilidade financeira do fundo e para os direitos de aposentados e futuros servidores. Durante a assembleia, conselheiros do fundo detalharam os riscos das medidas e os impactos para o serviço público municipal. O vereador Moises Scussel (MDB), contrário às propostas do Executivo, também participou do encontro e expressou apoio à mobilização, reforçando que a retirada dos projetos é essencial para preservar os direitos dos servidores.

 

 

 

 

 

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Ações definidas pela categoria

Após debates acalorados, a assembleia deliberou um plano de ações para pressionar o Executivo e o Legislativo a arquivar os projetos. As atividades previstas incluem:

• Manifestação em frente à Prefeitura: Na próxima segunda-feira, 3 de fevereiro, às 12h30, os servidores se reunirão para um protesto em frente ao prédio da administração municipal.
• Caminhada até a Câmara de Vereadores: Após a manifestação, a categoria seguirá em caminhada até o plenário da Câmara, onde acompanhará a sessão legislativa marcada para as 15h.

O objetivo é dar um "grito da categoria", exigindo a retirada imediata das propostas em tramitação.

Possibilidade de greve

A presidente do Sindiserp, Neilene Lunelli, agradeceu o engajamento da categoria e destacou o papel das redes sociais na mobilização. Segundo Neilene, caso o prefeito não atenda à demanda pela retirada dos projetos, uma nova assembleia geral será convocada. “Se necessário, deliberaremos por uma greve geral. Estamos unidos e prontos para lutar pelos nossos direitos”, afirmou a presidente.

As propostas enviadas pelo Executivo vêm gerando forte resistência entre os servidores. Para os representantes da categoria, os projetos representam um retrocesso nos direitos trabalhistas e comprometem a valorização do serviço público em Bento Gonçalves.

A mobilização na próxima semana será um marco na luta da categoria, que busca diálogo com o prefeito para evitar que os projetos avancem. Caso o embate se intensifique, uma paralisação geral pode ser inevitável, trazendo impactos significativos para o funcionamento dos serviços públicos no município.

Os próximos dias serão decisivos para o futuro do funcionalismo público em Bento Gonçalves.