Restos mortais de Santa Teresinha chegam em Bento nesta segunda

A segunda-feira, 18 de março, será de fé e devoção em Bento Gonçalves. A cidade recebe pela manhã os restos mortais de Santa Teresinha do Menino Jesus, consideradas relíquias pela Igreja Católica. Haverá carreata pelas ruas do município e três missas na Paróquia Santo Antônio. 

Um pedaço do fêmur e o pé de Santa Teresinha do Menino Jesus são conservados em uma urna dourada, rodeada de rosas vermelhas. A fé católica mantém o corpo da santa como relíquia e preserva a tradição de espalhar, por igrejas do mundo inteiro, pequenas frações dos entes que são venerados por fiéis. 

Um caminhão do Corpo de Bombeiros, acompanhado da Guarda Civil Municipal e do Departamento Municipal de Trânsito, conduzem as relíquias em procissão até o Santuário Santo Antônio nesta segunda-feira, 18. As missas estão marcadas para as 12h, 18h e 20h.

Quem foi Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha do Menino Jesus  nasceu numa cidade do interior da França, Alençon, a 2 de janeiro de 1873. Seus pais, Louis e Zélie Martin, eram muito religiosos, o pai havia tentado ser monge, mas percebeu que sua vocação estava no matrimônio. Sua mãe morreu de câncer quando ela tinha apenas 3 anos, sendo a última filha de um total de 9 do casal.

No dia 9 de abril de 1888, então com 15 anos, Teresinha foi finalmente aceita no convento de Lisieux, entrando para o Carmelo, uma das congregações religiosas femininas mais rigorosas da Igreja Católica. Sua trajetória na igreja durou menos de uma década. Ela morreu no dia 30 de setembro de 1897, aos 24 anos.

Depois de sua morte, as pessoas amigas do Carmelo começaram a invocar aquela jovem freira. Tendo obtido graças, contavam o fato a outros e assim, de boca em boca, a devoção a ela foi se espalhando como rastilho de pólvora. Uma característica importante na devoção a Santa Teresinha, é a intimidade que logo se estabelece entre ela e seus devotos. Ela passa a viver a vida deles, intervém ajudando-os mesmo nas menores dificuldades e a muitos consola nas atribulações.

Em 1925, o Papa Pio XI a proclamou santa numa solene cerimônia de canonização na Praça de São Pedro. Foi uma das maiores cerimônias deste tipo que Roma vira até então: mais de 500 mil peregrinos vindos do mundo inteiro participaram da solenidade.