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Médico acusado de abusar sexualmente de mais de 30 pacientes se entrega à justiça

Ginecologista de 69 anos era considerado foragido da justiça e se apresentou na penitenciária de Ijuí na manhã desta quarta-feira, 17 de agosto.

17/08/2022 às 12h17 Atualizada em 17/08/2022 às 13h17
Por: Marcelo Dargelio
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Médico se apresentou na penitenciária na manhã desta quarta-feira, 17 - Foto: Divulgação
Médico se apresentou na penitenciária na manhã desta quarta-feira, 17 - Foto: Divulgação

O médico ginecologista que era considerado foragido da justiça por abusar sexualmente de mais de 30 pacientes se entregou nesta quarta-feira, 17 de agosto. Ele se apresentou pela manhã na Penitenciária Modulada de Ijuí acompanhado de advogados. 

Olinto Paz da Costa, de 69 anos, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Eduardo Giovelli, da 2ª Vara Criminal de Ijuí, que atendeu pedido do Ministério Público (MP) nesta semana, a partir de nova denúncia contra o médico. O ginecologista foi denunciado pela Promotoria de Ijuí por abusar sexualmente de 23 pacientes. Em maio, a Justiça aceitou a primeira denúncia contra ele, que virou réu e responde a processo criminal em que é acusado de violentar outras 12 mulheres.

O advogado Cristiano Berger Sander, que defende o médico, diz que ele nega as acusações, mas não comenta o mérito da denúncia, em razão do processo estar em segredo de Justiça. Adianta, no entanto, que ingressará com habeas corpus, por entender que a prisão é desnecessária.

A segunda denúncia pelo crime de violação sexual mediante fraude praticada no exercício da profissão de médico (artigo 215, caput, do Código Penal) foi protocolada pela promotora Diolinda Kurrle Hannusch. Conforme o MP, o médico abusava sexualmente das mulheres durante os procedimentos ginecológicos, sob alegação de ter se especializado em sexologia, uma área de atuação da Medicina.

Conforme relatos de vítimas, o assunto era tratado nas consultas de rotina. Ele tratava do tema nos mais variados momentos, entre eles, quando as mulheres, por exemplo, iam ao consultório falar sobre tentativa de engravidar e situações de aborto. Pelos relatos, o médico colocava uma de suas mãos no órgão genital das pacientes e começava a masturbá-las, sob o argumento de ensiná-las a ter mais prazer e melhorar as vidas sexuais delas.

As mulheres disseram que não sabiam se a situação era normal ou se constituía abuso. Saíam constrangidas e, muitas vezes, com vergonha de falar a respeito com alguém.

Segundo o MP, além das 23 novas vítimas que tomaram coragem de denunciar, há outras que ainda não registraram os abusos. Todas eram pacientes atendidas em consultas particulares ou por meio de planos de saúde. A idade das vítimas varia entre 19 e 45 anos.

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