Está saindo cara a brincadeira feita nas redes sociais pelo médico gaúcho Victor Sorrentino com uma mulher egípcia na semana passada. Em audiência nesta quarta-feira (2) no Cairo, as autoridades do Egito decidiram manter o médico detido por mais 15 dias. Ao final desse prazo, haverá uma nova audiência para decidir se elea será solto e extraditado para o Brasil.

Sorrentino está detido desde domingo, 30 de maio, acusado de assédio a uma vendedora de loja. Havia a expectativa de que ele fosse libertado nesta quarta-feira (2), mas a situação se complicou. A declaração emitida pela procuradoria de Justiça do Egito traz duas acusações: uma delas a ofensa direta à vítima, a vendedora de loja exposta no vídeo é alvo das palavras de duplo sentido e com conotação sexual. Essa poderia ser passível de conciliação, desde que a mulher aceitasse retirar a queixa. 

A segunda acusação, no entanto, é a que pesou mais na decisão de mantê-lo detido. Sorrentino está sendo acusado também de ter ofendido a sociedade islâmica como um todo por meio do comportamento e de suas frases gravadas em vídeo distribuído em suas redes sociais. Como não é passível de conciliação direta entre duas pessoas, a situação é considerada mais grave.

Sorrentino está em uma sala de delegacia próximo à região onde ficam as pirâmides de Gizé. Fica sentado em uma cadeira, sem acesso direto a banheiro e chuveiro. Qualquer tipo de necessidade, é preciso que se desloque da sala, sendo acompanhado por um policial.  

A delegacia é um local precário ,sem privacidade e conforto uma vez que não é adequado para a permanência de uma pessoa detida por muito tempo. Segundo pessoas que tiveram contato com o médico, ele está bastante abatido e tem chorado com frequência. Sorrentino está sem acesso a seu celular e só pode ter contato com o advogado e com autoridades diplomáticas brasileiras.