O governo do Estado, por meio do SUS Gaúcho, ampliará, até o final de 2026, a política de saúde mental, auxiliando os municípios com um investimento de R$ 18 milhões no Programa Acompanha RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) da Secretaria da Saúde (SES), voltado à promoção da saúde mental, bem como à prevenção de agravos e à redução de internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais.
Inicialmente, o Acompanha RAPS previu habilitar dez equipes em 2025 e outras 20 em 2026. Com os recursos adicionais disponibilizados pelo SUS Gaúcho, foi possível contemplar um número maior de localidades e habilitar até 90 equipes multiprofissionais em municípios prioritários. A previsão é que 61 equipes sejam habilitadas ainda em 2025 e outras 29 em 2026.
As equipes serão formadas por três profissionais, que podem ser: psicólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros ou outros com formação ou experiência em saúde mental. Cada equipe receberá R$ 20 mil mensais para custeio do serviço.
“Com essa ação, o governo estadual busca ampliar o acesso à atenção psicossocial, promover ações coletivas de saúde mental e garantir uma navegação mais eficiente dos usuários pelo sistema de saúde”, destaca a titular da SES, Arita Bergmann.
Do total a ser investido pelo SUS Gaúcho, R$ 3,6 milhões serão repassados nos três últimos meses de 2025 e R$ 14,4 milhões ao longo de 2026. Os valores serão destinados diretamente aos municípios pela modalidade de transferência fundo a fundo. “Para o ano que vem, algumas equipes terão foco na saúde mental infanto-juvenil”, detalha a chefe de Divisão de Políticas Transversais do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Fernanda Mielke.
Fortalecimento da rede de atenção psicossocial nos municípios
O Acompanha RAPS prioriza a habilitação de equipes em municípios com vazio assistencial, altas taxas de suicídio, internações por transtornos mentais e comportamentais, judicialização de casos, bem como os que foram impactados por enchentes. A meta é fortalecer a rede de atenção psicossocial e garantir atendimento humanizado e próximo para a população.
Caseiros é um dos municípios habilitados. O secretário de Saúde da cidade, Maurício Pires, destaca que o impacto do programa vai muito além do aspecto financeiro. “A população em geral – e com a nossa não é diferente – tem apresentado, cada vez mais cedo, um sofrimento mental de origem multifatorial. Nós, enquanto municípios pequenos, naturalmente precisamos de auxílio, pois nossa demanda é desproporcional à população, ao território e ao financiamento”, explica.
“Nesse sentido, esperamos realizar um trabalho de excelência, não só ampliando a quantidade de atendimentos, mas também a resolutividade, além de melhorar a sensação de bem-estar pleno dos profissionais e da população em geral”, acrescenta Pires.
O município de Estação, no norte do Estado, foi o primeiro a ser habilitado, tendo iniciado os atendimentos em agosto. A equipe local atua com foco em ações comunitárias, grupos de promoção da saúde mental, interconsultas e apoio técnico à rede municipal. As outras 60 equipes previstas para 2025 devem entrar em funcionamento em outubro.
Os 61 municípios já contemplados pela iniciativa são:
Texto: Ascom SES
Edição: Secom