Começou, na segunda-feira (26/5), a ampliação e revitalização do Colégio Estadual Protásio Alves, em Porto Alegre, com a instalação de tapumes e preparação dos espaços para as obras. Com um projeto desenvolvido de forma inovadora e que serviu de base para a nova identidade visual da Rede Estadual, os trabalhos terão investimentos de R$ 6,8 milhões do governo do Estado e são gerenciados pela Secretaria de Obras Públicas (SOP).

Localizado na esquina das avenidas Ipiranga e Erico Verissimo, no bairro Azenha, o colégio será atendido em duas frentes: R$ 6,3 milhões destinados à recuperação geral e à ampliação da escola, executadas pela Delta N Construtora e com prazo de conclusão de 18 meses; e R$ 536 mil investidos na demolição de estruturas que darão lugar a novos espaços.

A SOP iniciou as manutenções pela recuperação da escada que dá acesso à escola. Agora, além de uma manutenção geral da infraestrutura do bloco principal, haverá construção de novos refeitório e cozinha, restauração da estrutura do ginásio e revitalização dos muros e do pátio da escola. Ao todo, serão 7,2 mil metros quadrados de área com intervenções.

Os trabalhos começaram com as demolições. Estruturas antigas e inadequadas para o uso atual da escola serão derrubadas para dar lugar à construção de cozinha e refeitório próximo à avenida Erico Verissimo e de um jardim junto à rua Jornal do Brasil. A área verde aumentará os espaços permeáveis da escola, auxiliando na absorção da chuva. Trata-se de uma solução sustentável e resiliente, que diminui o impacto ambiental da obra, embeleza o pátio e qualifica ambientes que antes estavam sem iluminação e ventilação adequada.

A execução das demolições, com término previsto para 150 dias, cabe à Cetus Construtora, por meio da Contratação Simplificada, modelo que agiliza as manutenções dos prédios públicos . Implantado a partir de março de 2024 pela SOP, esse sistema adota licitações por lotes de escolas, diminuindo os prazos para o atendimento das obras. O tempo entre a solicitação da demanda e o início dos trabalhos, por exemplo, caiu de mais de mil dias em 2019 para aproximadamente 90.

Métodos inovadores e nova identidade visual

Os estudos para as obras do Protásio Alves foram os primeiros realizados com a metodologia BIM (Building Information Modeling), que reúne tecnologias que permitem usar modelos digitais de uma construção de modo colaborativo, integrando todos os participantes de um empreendimento. Por meio dessas maquetes eletrônicas, é possível visualizar os espaços e as mudanças propostas em tempo real, concomitantemente com os outros envolvidos, facilitando a tomada de decisões e otimizando processos. Durante a fase de planejamento, por exemplo, é possível estimar custos antes da efetiva execução da obra e, por meio de simulações, prevenir erros, dando mais confiabilidade aos projetos.

A escola também foi pioneira na nova identidade visual que começa a ser adotada na Rede Estadual, divulgada neste mês pela SOP. Foi nos projetos para o Protásio Alves que foram desenvolvidos os novos padrões. Serão adotados os novos modelos de pórtico, placas, elementos arquitetônicos e sinalizações internas, que facilitam a identificação como uma escola estadual e levam em conta não só a estética, mas também os usos práticos e informativos da estrutura dos prédios.

Os modelos desenvolvidos para o Protásio Alves já estão sendo adotados em outras escolas. Eles compõem uma Biblioteca de Padrões, formada por elementos como grafismos e itens arquitetônicos replicáveis, o que gera agilidade e economia, respeitando as características específicas de cada prédio. Esses padrões começam a ser adotados no projeto Escola+ , que une o novo visual com soluções ecológicas e ágeis de construção, renovando os prédios da Rede Estadual.

_{Texto: Ariel Engster/Ascom SOP
Edição: Secom}