Economia Negócios
Empreendedoras destacam-se por exemplos de superação no mercado empresarial
Mulheres representam apenas 17% dos cargos de presidência no Brasil, apesar da crescente presença no empreendedorismo
21/11/2024 19h48
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino

Nas últimas décadas, o empreendedorismo feminino tem ganhado destaque no Brasil, refletindo a luta constante pela igualdade de gênero e pela conquista de mais espaço no mercado de trabalho. De acordo com dados do Governo Federal, no fim do primeiro quadrimestre de 2024, o Brasil registrou 21,7 milhões de empresas ativas, com o setor feminino crescendo a passos largos. No entanto, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como a desigualdade salarial e a baixa representação em posições de liderança.

Desigualdade salarial e desafios no mercado de trabalho

Embora o Brasil tenha reduzido a disparidade salarial entre homens e mulheres ao longo das últimas décadas — de um dos maiores índices da América Latina nos anos 1990 para uma diferença de 29% —, o cenário ainda é desafiador. As mulheres empreendedoras e autônomas, por exemplo, ganham em média 20% a menos que seus colegas homens, uma disparidade considerável, especialmente quando se leva em conta que as mulheres, em média, possuem mais anos de escolaridade do que os homens.

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Além disso, embora o Brasil esteja entre os 10 países com o maior número de empreendedoras no mundo, segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor 2021, as mulheres continuam sub-representadas nas posições de liderança. Elas ocupam apenas 17% dos cargos de presidência em empresas no país, refletindo uma clara desigualdade de gênero no topo das organizações.

Empreendedoras de Ribeirão Preto: superando barreiras e inspirando gerações

Em cidades como Ribeirão Preto, exemplos de mulheres que estão quebrando barreiras e conquistando seu espaço no mercado são cada vez mais visíveis. Empresas como Febracis, Del Lama, DSilva e Home Health têm em sua liderança mulheres que lutam diariamente pela ascensão feminina no mundo dos negócios.

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Camila Nocera, Andrea Del Lama, Dulce Correa e Francine Florindo são apenas algumas das empreendedoras que, com resiliência e visão, enfrentam os obstáculos de um mercado predominantemente masculino. 

O caminho à frente

Essas trajetórias refletem o potencial do empreendedorismo feminino como força motriz na economia brasileira. Porém, a luta por mais igualdade e equidade no mercado de trabalho e nos negócios continua sendo um desafio, e as histórias de superação são a prova de que, embora o caminho ainda seja longo, o futuro promete um cenário cada vez mais inclusivo e plural.