Economia Negócios
Escola lança curso focado na internacionalização de empresas
Projeto criado por advogada internacional chega com a proposta de internacionalizar mil empresas até 2026 com a ajuda de cursos de capacitação sobr...
15/07/2024 17h00
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino

Após conquistar a sonhada independência financeira por meio do empreendedorismo, o sonho de muitos gestores é internacionalizar a sua marca. Para ajudar nesse aspecto é que existem instituições voltadas a levar empresas a entrarem no mercado de outros países. Esse é o caso da Conexão Global de Empresários (CGE), uma escola de Negócios Internacionais e Consultoria de Comércio Exterior.

A escola nasceu da experiência da CEO Dryelle Santana como advogada de empresas na Inglaterra. “Ao trabalhar com o setor de mobilidade global, percebi uma lacuna crítica: a ausência de brasileiros no cenário empresarial internacional”, conta a advogada. “Não por falta de capacidade, mas pela falta de conhecimento sobre as oportunidades e os caminhos para a internacionalização de seus negócios e serviços”.

O projeto será lançado  oficialmente no dia 25 de julho, com a ideia de ensinar diversos métodos para a internacionalização empresarial, tais como licenciatura de marca, exportações, joint ventures e parcerias estratégicas. 

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Mil empresas do Brasil para o mundo

A missão principal da CGE é internacionalizar mil empresas até 2026. E, para isso, a CGE oferece educação e suporte especializado justamente para facilitar a entrada de empresas e startups brasileiras no comércio exterior. “O desafio é ambicioso, mas perfeitamente realizável, considerando que, em 2024, temos no Brasil mais de 20,8 milhões de empresas em funcionamento”, ressalta a CEO.

A fim de realizar essa missão, será iniciado um curso on-line focado na internacionalização de empresas. As aulas serão ministradas por professores especializados, como mestres em direito marítimo, portuário e aduaneiro; analistas de mercado e exportação de produtos farmacêuticos, dentre outros. A própria Dryelle Santana ministrará aulas sobre os aspectos legais da internacionalização, incluindo elementos como o registro de marca no exterior. 

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“A CGE não apenas pode oferecer conhecimento, mas também conectar empresários brasileiros com uma vasta rede global, uma vez que estamos presentes no Reino Unido, Europa e na Austrália. Isso amplia nosso alcance e compreensão dos desafios internacionais”, destaca Santana. 

Dentre os módulos estudados, estão temas como: o que é a internacionalização; os desafios de expandir fora do país; a análise do mercado internacional e a seleção de mercados-alvo; pesquisa de concorrência internacional; como internacionalizar sem sair do Brasil; e mais. Há, ainda, um tópico focado nos aspectos legais e fiscais do processo, como a proteção de propriedade intelectual no exterior, contrato internacional, legislação trabalhista internacional e a Lei de Proteção de Dados (GPDR).

A internacionalização no Brasil

O Brasil é o segundo país com maior potencial empreendedor do mundo, atrás somente da Índia. Os dados são do Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM), estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe).

Segundo o estudo, no final de 2023, o país tinha 90 milhões de empreendedores ou candidatos a empreendedores. Destes, 2 milhões são de pessoas adultas, com 18 a 64 anos, que já tinham um negócio e ou que fizeram alguma ação em 2023 visando ter um negócio no futuro.

Esses dados dão uma pequena mostra do potencial de internacionalização que o Brasil possui. Uma pesquisa recente da Fundação Dom Cabral analisou mais de 230 empresas brasileiras já internacionalizadas a fim de traçar um perfil. 

De acordo com o relatório, cerca de 50% das empresas fazem parte da chamada indústria de transformação. E para quem acha que apenas empresas de grande porte alcançam a sonhada ida para o exterior, o estudo mostra que não é bem assim. Segundo a pesquisa,  50,4% das participantes são médias, com faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões. 

Já a participação de micro e pequenas empresas representa, cada uma, o valor de 12,8% no comércio internacional, número bem similar ao das empresas de grande porte, com 13,5%. Por fim, quase 80% das empresas participantes se internacionalizaram após a chegada dos anos 2000. Somente na década de 2010, 41% da amostra se expandiu para fora do país.

Para mais informações, basta acessar: https://conexaoglobal.co/