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CPI ouve ex-árbitro, ex-oficial de VAR e empresário acusado de manipular jogos
A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas colherá três depoimentos na reunião da terça-feira (9), a partir das 15h30. Na primeira parte da...
05/07/2024 16h10
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas colherá três depoimentos na reunião da terça-feira (9), a partir das 15h30. Na primeira parte da reunião, serão ouvidos o ex-árbitro de futebol Manoel Serapião Filho e o ex-oficial do VAR Rômulo Meira Reis. Em seguida, deporá William Pereira Rogatto, que é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal por suspeita de participar da manipulação de jogos.

Ex-árbitro FIFA, Manoel Serapião Filho comparecerá à CPI após aprovação de requerimento do senador Carlos Portinho (PL-RJ). De acordo com o senador, Serapião é um dos idealizadores do VAR no Brasil e deverá falar sobre obrigações impostas pela Confederação Nacional do Futebol (CBF) aos árbitros. Rômulo Reis também foi convidado à CPI por requerimento de Portinho.

“Rômulo Meira Reis, em sua função anterior como oficial de integridade do VAR, possui conhecimentos técnicos e práticos sobre os protocolos e procedimentos associados à operação do sistema. Sua convocação como testemunha permitirá que esta CPI obtenha esclarecimentos valiosos sobre questões como a formação e treinamento dos árbitros de vídeo, a aplicação consistente dos protocolos do VAR e eventuais medidas adotadas para garantir a imparcialidade e transparência nas decisões arbitrais”, afirma Portinho.

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Já William Rogatto presta depoimento à CPI por requerimento do relator do colegiado, o senador Romário (PL-RJ).

De acordo com o Ministério Público, afirma Romário, Rogatto se apresenta como empresário de atletas, “mas que tem operado na clandestinidade como manipulador profissional mediante a cooptação de jogadores, a venda de resultados arranjados e a realização de apostas”.

Já a Polícia Federal tem investigação que mostra mensagens de Rogatto “mencionando pagamentos a jogadores aliciados, realizando apostas fraudulentas e conversando com interlocutores sobre os lucros obtidos”, registra Romário.

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“William Rogatto se destaca por conduzir, durante ao menos quatro anos, um poderoso esquema de manipulação de resultados no futebol com atuação nos estados de São Paulo, Sergipe e Distrito Federal, o que o levou a figurar com destaque em duas das mais importantes operações de investigação conduzidas no Brasil. Por esses motivos, torna-se imprescindível que esta CPI colha o depoimento do senhor William Pereira Rogatto”, acrescenta Romário.