Saúde Técnica cirúrgica
Tacchini realiza cirurgia inovadora para tratamento de doenças neurológicas
Paciente com Parkinson passou por um procedimento chamado de Estimulação Cerebral Profunda, destinada ao tratamento de distúrbios do movimento. Confira como é feita:
28/03/2024 12h32
Por: Kevin Sganzerla

Na última semana, o Hospital Tacchini protagonizou um marco significativo na área da neurocirurgia ao realizar uma cirurgia inovadora conhecida como Estimulação Cerebral Profunda (DBS, na sigla em inglês), destinada ao tratamento de distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson e o tremor essencial. Este procedimento oferece esperança para pacientes cujos sintomas não respondem mais aos tratamentos convencionais.

A DBS é reconhecida como uma das terapias mais eficazes para os sintomas da doença de Parkinson. Consiste na inserção de eletrodos em áreas específicas do cérebro, conectados a um dispositivo semelhante a um marca-passo implantado sob a pele. Essa técnica regula os sinais elétricos no cérebro, reduzindo os sintomas motores debilitantes.

O procedimento, embora complexo, é considerado seguro e eficaz, oferecendo melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes. “A DBS não cura a doença de Parkinson nem impede sua progressão, mas é uma forma poderosa de controlar os sintomas motores e devolver aos pacientes autonomia, independência e qualidade de vida”, afirma o Dr. Vanderson Rodrigo Araújo, neurocirurgião responsável pelo procedimento no Tacchini. 

Os benefícios da DBS são notáveis, proporcionando melhorias significativas nos tremores, rigidez, lentidão dos movimentos e movimentos involuntários. Além disso, a terapia pode reduzir a necessidade de medicamentos, diminuindo os efeitos colaterais associados ao tratamento convencional.

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Como funciona o procedimento DBS:

Antes da cirurgia, os pacientes passam por uma avaliação rigorosa para determinar sua adequação ao procedimento, incluindo testes de resposta à levodopa, avaliação cognitiva, ressonância magnética e consulta com neurocirurgião especializado em Parkinson.

Durante a cirurgia, o paciente permanece acordado, com sedação leve, respondendo a comandos durante a implantação dos eletrodos. A precisão na colocação dos eletrodos e a programação precisa do dispositivo são desafios para a equipe cirúrgica. Qualquer desvio no trajeto do estimulador pode resultar em complicações graves, como sangramento, paralisia ou convulsões.

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Após a cirurgia, espera-se que os pacientes experimentem uma melhora significativa nos sintomas motores, o que pode aumentar sua independência e qualidade de vida. “O sucesso na realização de mais um procedimento inovador para o Tacchini mostra não apenas que a estrutura do Centro Cirúrgico da instituição pode ser comparada com a dos melhores hospitais do país, mas também que possuímos profissionais altamente treinados e comprometidos com o paciente”, descreve o coordenador médico do Centro Cirúrgico do Hospital Tacchini, Dr. Leonardo Camargo.