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Fepam encontra oito pontos impróprios para banho no Rio Grande do Sul
Entre as praias do litoral gaúcho, somente na cidade de Torres foi localizado um ponto inadequado para os banhistas.
02/02/2024 06h21 Atualizada há 3 meses
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou, nesta sexta-feira (2/2), o oitavo boletim do projeto Balneabilidade da temporada 2023/2024. Dos 91 pontos analisados no Estado, 83 estão próprios para banho e oito apresentam condição imprópria. São eles:

Voltaram à condição própria nesta semana um ponto em Xangri-lá (Rainha do Mar) e dois pontos na cidade de Imbé (Mariluz e Santa Terezinha), no Litoral Norte.

A Praia da Cal, em Torres, única que segue imprópria na região, registrou baixos valores da bactériaEscherichia colinas últimas duas semanas. Se assim continuar, voltará a estar balneável a partir do próximo boletim.

Já Valverde - Trapiche, em Pelotas, ponto que aparece na lista de impróprios desde o primeiro boletim, divulgado em 15 de dezembro, vem apresentando altos valores e, portanto, não tem perspectiva de mudança na classificação no mês de fevereiro (mais informações sobre como funciona a análise estão mais abaixo).

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O mergulho nesses locais oferece riscos à saúde. A recomendação é que os banhistas evitem pontos impróprios e arredores, especialmente junto às águas que chegam às praias por tubulação, arroios ou rios. O alerta vale principalmente para crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. Os sintomas mais comuns após o banho em áreas contaminadas são diarreia, dor abdominal e enjoos.

Divulgação

O monitoramento da qualidade da água é feito semanalmente, e os boletins são divulgados sempre às sextas-feiras no site da Fepam, mídias sociais e no web aplicativo Balneabilidade .

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Os avisos de local próprio ou impróprio para banho também devem estar em destaque em placas informativas fixadas nos pontos de coleta de água. A instalação das placas e atualização do resultado da semana (próprio ou impróprio) é de responsabilidade das prefeituras, já que essa é uma questão de saúde pública.

Classificação

Para identificar se as condições de balneabilidade em determinado local são adequadas, são analisados dois indicadores:

Escherichia coli, também chamada de E.coli, bactéria cuja presença em abundância na água indica contaminação por fezes;

Cianobactérias, ou algas azuis, que podem ocorrer em qualquer manancial superficial.

Os parâmetros utilizados estão previstos nas resoluções Conama 274/2000 e 357/2005. As cianobactérias são analisadas somente nos balneários de Osório (Lagoa Peixoto), Pelotas e Tapes.

O resultado está condicionado a cinco semanas de monitoramento. Se, ao longo desse período, duas ou mais amostras do conjunto apresentarem resultado superior a 800 para E.coli ou, ainda, se a amostra mais recente das cinco avaliadas apresentar resultado maior que 2.000 para E.coli, o ponto será classificado como impróprio. O mesmo ocorre se a contagem de cianobactérias extrapolar 50 mil células.

Realização

As coletas em água salgada no Litoral Norte e respectivas análises são feitas pela Fepam, por meio da Gerência Regional do Litoral Norte Sema-Fepam (Gerlit) e da Divisão de Laboratórios (Dilab). O projeto é coordenado pelo Departamento de Qualidade Ambiental (DQA). Os demais pontos são monitorados com apoio da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep).

Recomendações aos banhistas:

Texto: Joyce Heurich/Ascom Sema
Edição: Secom