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Congresso garante reajuste para policiais do DF e aprova créditos
O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (12) sete projetos de lei com mudanças no Orçamento da União deste ano( Lei 14.535, de 2023 ). Um d...
12/07/2023 19h15
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado
O reajuste, a ser pago a bombeiros e policiais militares, será dividido em duas parcelas - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (12) sete projetos de lei com mudanças no Orçamento da União deste ano( Lei 14.535, de 2023 ). Um deles garante o reajuste salarial de 18% para as forças de segurança do Distrito Federal . Os outros seis criam créditos suplementares e especiais para o orçamento.

Créditos suplementares são aqueles que reforçam dotações já previstas na lei orçamentária. Já os créditos especiais criam novas dotações. Em ambos os casos, o crédito precisa ser compensado com o cancelamento de despesa no mesmo valor.

O reajuste no DF ( PLN 12/2023 ) será pago a policiais e bombeiros militares. O valor não é um crédito, pois o dinheiro que será usado tem origem no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). O aumento será dividido em duas parcelas, a primeira delas, no valor total de R$ 372,2 milhões, a ser paga em julho de 2023.

Os créditos aprovados somam R$ 549 bilhões. O dinheiro atende diversos programas em 11 ministérios, nas Justiças Eleitoral e Trabalhista, no Ministério Público da União (MPU) e na Presidência da República, entre outros.

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Vetos

O Congresso também decidiu manter trechos de quatro vetos presidenciais na sessão desta quarta-feira. Dois desses vetos cortam fontes de financiamento que haviam sido propostas para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). Um deles ( VET 57/2022 ) cancelou a possibilidade de a Embratur receber recursos não utilizados pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Segundo o Executivo, a “descapitalização” da ApexBrasil “afetaria sobremaneira o planejamento econômico-financeiro da agência”. A medida havia sido incluída na lei do Novo Fundo Geral de Turismo (Fungetur) ( Lei 14.476, de 2022 ).

O outro veto que afeta a Embratur ( VET 11/2023 ) cancelou a destinação de 5% da arrecadação que hoje cabe ao Serviço Social do Comércio (Sesc) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Essa arrecadação vem dos estabelecimentos comerciais enquadrados nas federações e sindicatos subordinados à Confederação Nacional do Comércio. O Executivo afirmou que a medida retiraria "valores consideráveis" do orçamento do Sistema S, levando a prejuízo para os serviços sociais "relevantes" que são prestados por essas entidades. O trecho vetado estava na Lei 14.592, de 2023 , que estabeleceu benefícios tributários aos setores do entretenimento, combustíveis e empresas aéreas.

Também foi mantido o veto ( VET 63/2022 ) à Lei 14.513, de 2022 , que deu ao governo mais flexibilidade para remanejar recursos. O dispositivo vetado tratava da execução dos restos a pagar. Ele permitia alterar a fonte de recursos para a execução de valores decorridos de créditos adicionais aprovados no último quadrimestre do ano, caso não tivessem sido processados em virtude exclusivamente de inadequação de fontes. A regra valeria também para os créditos de 2021. O Executivo afirmou que essa mudança colocaria em risco as demonstrações contábeis consolidadas da União.

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No total, três dispositivos haviam sido vetados, mas dois foram declarados prejudicados (sem validade) pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco , por tratarem de dispositivos que só seriam válidos na vigência do Orçamento de 2022. Os dispositivos diziam respeito à reclassificação das chamadas emendas de relator (RP-9).

O Congresso ainda votou por manter parte do veto presidencial ( VET 2/2023 ) sobre a Lei 14.531, de 2023 , que implementou ações de promoção da saúde mental nas corporações de segurança pública. O veto mantido foi sobre o dispositivo que garantiria liberdade de opinião irrestrita para policiais e bombeiros. Para o Executivo, a norma traria “insegurança jurídica” pois iria contra os princípios de hierarquia e disciplina das corporações policiais. Outras partes do mesmo veto foram derrubadas .

No total, trechos de cinco vetos presidenciais tinham acordo entre os parlamentares e foram analisados nesta quarta. Apenas o Vet 57/2022 foi analisado na íntegra e, portanto, deixa a pauta. Os demais ficaram com trechos pendentes. Outros 17 vetos que estavam na pauta do Congresso não entraram na votação e ficaram para outra data.