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Empresa que comprou Corsan diz que saberá de falta d'água antes de cliente avisar
Representantes da Aegea estiveram visitando Bento Gonçalves nesta segunda-feira, 10 de julho.
11/07/2023 13h08
Por: Marcelo Dargelio

Bento Gonçalves foi uma das primeiras cidades do interior do Rio Grande do Sul a receber a visita dos representantes da Aegea, empresa controladora da Corsan. Nesta segunda-feira, 10 de julho, eles estiveram apresentando ao prefeito Diogo Siqueira como será realizado o trabalho da empresa. Nada foi prometido para resolver as carências da cidade no curto prazo.

Estiveram com o prefeito o superintendente executivo da Aegea, Rodrigo Lacerda e o gerente institucional, César Faccioli, além de Lutero Cassol e Rosiane Leal Santos, respectivamente superintendente e gerente da Corsan. Na oportunidade, Diogo Siqueira reivindicou que a empresa dê uma atenção para a ampliação do abastecimento na Zona Norte e também a despoluição do Lago Fasolo. Porém, com o aumento dos loteamentos residenciais no município, Bento Gonçalves começa a apresentar problemas de abastecimento também na Zona Leste da cidade, em partes dos bairros Santa Helena, Fátima e Santa Marta.

Nesta terça-feira, 11, após a visita em Bento, a Aegea anunciou que o Litoral Norte ganhará especial atenção. Na região, será implantado um novo sistema de tratamento e dispersão de esgoto. Entre as novidades que a empresa está preparando para melhorar o atendimento aos clientes é a instalação de um sistema capaz de saber sobre eventuais faltas de água antes mesmo de o consumidor avisar do problema. A previsão é de que isso seja possível em um ano e meio.

A expectativa da Aegea é de que em 18 meses, todas as cidades estarão automatizadas. A ideia é que o sistema veja todo o sistema de abastecimento, tanto o sistema de água quanto o de esgoto e onde (os funcionários) estão trabalhando. A empresa acredita que esta tecnologia irá trazer segurança operacional para 100% da população e a prestação dos serviços será muito melhor.

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Para realizar as melhorias necessárias, o consórcio estima que serão criados 5,5 mil empregos diretos na construção civil durante o ciclo de investimento. Além deles, a projeção indica outros 60 mil empregos gerados, anualmente, em toda a cadeia de serviços. O investimento destinado pela empresa ao funcionamento e à qualificação da infraestrutura de abastecimento de água e expansão do sistema de esgoto é de R$ 1,5 bilhão ao ano, totalizando R$ 15 bilhões até 2033, prazo estabelecido por lei federal para a universalização dos serviços de saneamento no Brasil. O valor é mais do que o dobro do investimento anual máximo da história da Corsan — de R$ 643 milhões.