A música do Rio Grande do Sul se despede nesta quinta-feira, 11 de maio, de mais um de seus ícones. Morreu aos 70 anos o cantor e músico nativista Luiz Carlos Borges. Ele estava internado desde o dia 29 de março no Hospital São Francisco, em Porto Alegre. O corpo está sendo velado no Theatro São Pedro e será sepultado por volta das 18h.

Luiz Carlos Borges foi uma das referências do cancioneiro gaúcho nos últimos 40 anos. Nascido em Santo Ângelo, Borges participou e venceu festivais de música regional, como o Musicanto Sul-Americano, onde também atuou como jurado, idealizador e organizador, em Santa Rosa. O nativista iniciou a carreira na infância aos 9 anos. Tocando ao lado do irmão Antônio, com quem formava a dupla Irmãos Borges, lançou três discos. Já na década de 1980, saiu em carreira solo, por conta do sucesso da composição “Tropa de Osso”, premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana.

Formado em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cumpriu cargos públicos como assessor de Cultura e Turismo das cidades de São Borja e Santa Maria. Em 1983, como secretário de Cultura de Santa Rosa, criou o Musicanto, festival de nativismo realizado até hoje na cidade.

No dia 25 de março deste ano, Luiz Carlos Borges realizou grande celebração para receber os fãs em um dia inteiro de atividades dedicadas a celebrar os seus 70 anos de vida e 60 de carreira. O evento, batizado de Chama-me Borges: O que Tem que Ser Dito, contou com 12 horas de programação, com roda de chimarrão, conversas sobre música e shows de Renato Borghetti, João de Almeida Neto, Daniel Torres, Shana Müller, Joca Martins, Érlon Péricles e Os Fagundes.

Foi a grande despedida do músico de 70 anos de seus amigos de jornada musical. Após o evento, no dia 29, ele foi internado no hospital e não saiu mais.