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Mudanças no Bolsa Família serão votadas amanhã na comissão mista
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Dr. Francisco (E) leu hoje parecer à MP do Bolsa Família na comissão mista que analisa a matéria Um pedido d...
09/05/2023 19h35
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Dr. Francisco (E) leu hoje parecer à MP do Bolsa Família na comissão mista - (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Um pedido de vista coletivo adiou para esta quarta-feira (10), 14h30, a votação na comissão mista do relatório da medida provisória do Bolsa Família que prevê o pagamento de, no mínimo, R$ 600,00, por família de baixa renda (MP 1164/23).

Em seu parecer, o deputado Dr. Francisco (PT-PI) aceitou 43 das 257 emendas apresentadas à medida.

Uma das sugestões incorporadas ao relatório garante o pagamento de bônus de R$ 50 para mulheres beneficiárias do programa que estão amamentando. Segundo o relator, essa medida terá impacto de R$ 229,67 milhões por ano, o que foi considerado “não substancial” pelo governo. Na versão original, o bônus seria pago para cada dependente entre 7 e 18 anos e para gestantes.

O texto prevê ainda que os reajustes no valor do benefício do programa serão realizados, no máximo, a cada dois anos.

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BPC
Dr. Francisco observou que muitas emendas solicitaram a volta da permissão para que beneficiários Benefício de Prestação Continuada (BPC) pudessem contratar empréstimos com desconto em folha de pagamento. “Não julgamos acertada essa permissão, considerando o potencial endividamento dessas famílias devido ao estado de vulnerabilidade em que se encontram”, justificou o relator.

Ainda assim, ele acatou alteração para permitir que o BPC seja usado no empréstimo consignado na margem de 35%, sendo que 30% seriam destinados exclusivamente a empréstimos e financiamentos, e 5% ao pagamento de despesas de cartão de crédito.

Para evitar que a decisão de tomar empréstimos prejudique a liquidez das famílias, uma das preocupações do relator, o parecer prevê que a autorização para os descontos ocorra com um intervalo mínimo de cinco dias úteis.

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“Dando prazo necessário para reflexão antes da tomada final da decisão que pode comprometer parcela elevada da renda do indivíduo atendido pelo BPC”, justifica o parlamentar.

Pescadores
Pelo relatório, as famílias que recebem o seguro defeso também passam a ter direito ao Bolsa Família, desde que não acumulem o auxílio com benefício previdenciário.

Caixa Econômica
O relatório reitera a proibição de que as empresas subcontratadas pela Caixa para repasses do Bolsa Família reduzam o valor do benefício com o pretexto de recompor saldos negativos ou de saldar dívidas preexistentes dos beneficiários.

 

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