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Em visita à OCDE, deputados discutem tributação de empresas multinacionais
Divulgação OCDE Reunião de deputados do GT da Reforma Tributária com representantes da OCDE A tributação das empresas transnacionais foi um dos t...
05/05/2023 08h40
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Reunião de deputados do GT da Reforma Tributária com representantes da OCDE - (Foto: Divulgação OCDE)

A tributação das empresas transnacionais foi um dos temas discutidos pelo Grupo de Trabalho da Reforma Tributária (PEC 45/19) da Câmara em sua visita esta semana à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na sua sede em Paris.

Além de 10 dos 12 membros do grupo, a comitiva foi composta pelo presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), pelo senador Irajá (PSD-TO), e pelo secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. O objetivo foi conhecer as melhores práticas internacionais sobre tributação.

O coordenador do GT da Reforma Tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), explicou que boa parte dos encontros foi sobre a implantação de um Imposto sobre Valor Agregado no Brasil. Nas propostas em discussão, este imposto seria chamado de Imposto sobre Bens e Serviços e unificaria 5 impostos sobre consumo: IPI, PIS, Cofins, o ICMS estadual e o ISS municipal.

Mas os debates também trataram, segundo o deputado afirmou em uma rede social, da relação deste tipo de imposto com um acordo firmado em 2021 entre 140 países para a criação de um imposto mínimo global para a tributação de multinacionais:

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“Hoje vamos debater o sistema tributário sobre renda, capital, patrimônio... Também as relações internacionais sobre preços de transferência; como também uma questão muito importante: uma alíquota global para as empresas transnacionais”, disse.

Tributação das big techs
Preços de transferência são os praticados por empresas vinculadas, mas localizadas em diferentes países. O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) também destacou a tributação das chamadas big techs como Google e Meta:

“Como é que nós tratamos hoje diversos setores como a produção de alimentos? Como a gente pode tratar as questões relacionadas à tributação das big techs? Questões da economia digital que são desafios para o mundo. Então é importante a gente aprender aqui e depois fazer adaptações à nossa realidade", disse.

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Lippi afirmou que os encontros foram importantes para criar contatos com os técnicos da OCDE que devem ser complementados por lives na internet.

Também em uma rede social, o deputado Newton Cardoso Jr. (MDB-MG) comentou a impressão dos técnicos da OCDE sobre a reforma brasileira:

“A própria OCDE através dos seus técnicos e especialistas, pessoas muito qualificadas na área tributária, dizem que a nossa reforma tributária é de boa qualidade. Eles chamam de reforma tributária anabolizada. E que o mundo todo espera ver o que o Brasil vai entregar para o povo em termos de reforma”, disse.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reúne 38 países no sentido de promover o seu progresso econômico por meio de regras comuns. Em janeiro de 2022, o Brasil recebeu um convite formal para entrar no grupo e vem se preparando para essa adesão.

 

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