Divulgações de possíveis ataques a escolas em todo o Brasil estão deixando pais e professores em tensão, principalmente, depois do crime bárbaro ocorrido na cidade catarinense de Blumenau. O ataque aconteceria no dia 20 de abril. Diante de tantos questionamentos, uma reunião foi realizada nesta segunda-feira, 10 de abril entre integrantes do Ministério Público e secretarias de Segurança e de Educação do estado. A ideia é mobilizar as forças de segurança e, ao mesmo tempo, dar a sensação de normalidade nas escolas do Rio Grande do Sul.
Desde a semana passada, o MPRS, o Departamento de Inteligência da Segurança Pública (Disp) e as agências de inteligência das forças de segurança do Estado monitoram o tema no RS. As aulas ocorrem normalmente em todo Estado. A reunião foi realizada na sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O comando da Brigada Militar e a chefia da Polícia Civil também participaram da reunião.
Em função dos boatos de possíveis ataques às escolas, a Brigada Militar reforçou o patrulhamento em áreas estratégicas. Durante o encontro, também foi reforçada orientação para que não sejam compartilhadas imagens de ataques em escolas para não estimular atos de violência. A reunião serviu também para estreitar a comunicação, já permanente, entre órgãos da Segurança Pública, as Coordenadorias Regionais de Ensino (CREs) da Seduc e direções das escolas da rede.
A Secretaria Estadual de Educação ressaltou que tem monitorado intensivamente, a partir do diálogo com os órgãos de segurança, todas as suspeitas e boatos em circulação. A pasta ressaltou que não há qualquer alteração na rotina de aulas, e tranquilizou pais e professores para que sigam mantendo as atividades dos alunos normalmente. A Seduc relembrou, ainda, que trabalha a prevenção da violência no ambiente escolar por meio de programas como o CIPAVE+ (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar), em parceria com as demais secretarias de governo, com atividades de conscientização e orientação.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública reforça que, em caso de suspeita, estão disponíveis para denúncia, os canais da Brigada Militar (190) da Polícia Civil (197), e o Disque-Denúncia da secretaria (181), que funcionam 24 horas por dia. Não há necessidade de se identificar. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também criou um canal de denúncia, o Escola Segura, onde qualquer situação de perigo ou ameaça pode ser registrado na plataforma.