Geral Obra sem fim
Obras na UPA de Bento Gonçalves são novamente interditadas pelo Ministério do Trabalho
Obras de construção da torre na unidade de saúde e do bloco cirúrgico estão novamente paralisadas. Mesmo assim, prefeitura concedeu um aditivo de R$ 791 mil para a empresa responsável pela obra da torre.
19/01/2023 16h36 Atualizada há 3 anos
Por: Marcelo Dargelio
Reportagem do NB esteve no local na manhã desta quinta-feira, 19, e não havia ninguém trabalhando - Foto: NB Notícias

A expectativa anunciada pelo prefeito Diogo Siqueira em julho deste ano, de que o bloco cirúrgico do Complexo de Saúde de Bento Gonçalves estaria fazendo as primeiras cirurgias no mês de dezembro não se confirmou. E pior, ainda não tem nem previsão de quando irá acontecer. Isso porque novamente foram interditadas pelo Ministério do Trabalho as obras realizadas nos fundos da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA). Mesmo assim, a empresa responsável pela obra de construção da torre do elevador foi contemplada com um aditivo de mais de R$ 791 mil para concluir os trabalhos.

A reportagem do NB Notícias esteve no local e encontrou o espaço sem ninguém trabalhando durante a parte da manhã. Em apuração no local, foi descoberto que o local estaria novamente interditado pela Delegacia Regional do Trabalho, de Caxias do Sul, devido à irregularidades nas condições de trabalho. A reportagem tentou contato com o gerente da DRT de Caxias, Vanius Corte, mas não teve retorno das mensagens deixadas ao dirigente. A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Bento Gonçalves também não respondeu sobre o acontecido. No mês de setembro do ano passado, as obras já tinham sido embargadas pela DRT de Caxias, sendo retomadas em outubro.

De certo apenas duas coisas: uma é que a obra não tem data para recomeçar. E a segunda é o aditivo concedido pela Prefeitura de Bento Gonçalves à empresa responsável pela obra. O valor repassado, segundo divulgação no Diário Oficial do Município, é de R$791.604,93, o equivalente a 24,99% do total da obra, sendo que o máximo permitido por lei em aditivos é de 25%. A empresa é responsável pela construção do 3º, 4º e 5º pavimentos da torre que fará o acesso entre as alas de internação e o bloco cirúrgico.

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