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Mercado de trabalho no RS segue com elevação no número de empregos formais
Após a recessão econômica provocada pela pandemia de Covid-19 e uma severa estiagem, o mercado de trabalho no Rio Grande do Sul seguiu em recuperaç...
18/01/2023 18h35
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS
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Após a recessão econômica provocada pela pandemia de Covid-19 e uma severa estiagem, o mercado de trabalho no Rio Grande do Sul seguiu em recuperação no terceiro trimestre de 2022, com dados positivos de empregos formais. É o que aponta o Boletim de Trabalho do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quarta-feira (18/1) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

O documento, elaborado pelos pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos, divide-se em duas seções. A primeira analisa o comportamento do mercado de trabalho até o terceiro trimestre de 2022, com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE). A segunda seção aborda o comportamento do emprego formal a partir de informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, até novembro de 2022. Em ambas as seções também há análises comparativas em relação a outros estados e ao país.

Os dados da PNAD Contínua indicam que, em linhas gerais, com exceção dos rendimentos dos ocupados, houve avanços nos principais indicadores do mercado de trabalho gaúcho. “Entre outros aspectos, a continuidade do processo de melhora no 3º trimestre de 2022 é ratificada pela recuperação da taxa de participação na força de trabalho, pelo aumento do nível de ocupação e pela queda na taxa de desocupação”, explica Raul Bastos.

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Também ocorreu crescimento no número de empregos formais, com 109,2 mil novos vínculos na comparação com novembro de 2021. “Apesar deste crescimento, o resultado marca uma desaceleração no confronto com o período de novembro de 2020 ao mesmo mês de 2021, pois o saldo decresceu aproximadamente 30%”, pontua Guilherme Sobrinho.

Na mesma base de comparação, a maior variação percentual do emprego formal foi registrada no setor da construção civil (6,9%), enquanto serviços e agropecuária dividiram a segunda posição, com 5% de expansão dos seus estoques. A indústria, que liderou o crescimento nos 12 meses anteriores, passou para a quarta colocação (3,5%), superando apenas o comércio (3,2%).

Na distribuição dos empregos formais gerados entre novembro de 2021 e novembro de 2022, houve equidade entre homens (50,1%) e mulheres (49,9%), reforçando a tendência de progressiva convergência nas participações dos dois grupos no mercado formal de trabalho gaúcho – a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostra que, ao final de 2021, homens ocupavam 53,2% dos vínculos formais do Estado. Dez anos antes, sua parcela era de 55,3%.

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No Estado, a preferência é pela mão de obra mais jovem. Entre novembro de 2021 e novembro de 2022, os menores de idade ficaram com 26,3% dos novos empregos (28,8 mil adolescentes). Os jovens de 18 a 24 anos concentraram 53,7% dos postos adicionais gerados no período, com 58,6 mil vínculos. Assim, 80% dos empregos gerados em um ano se referem a menores de 25 anos, os quais, na Rais de 2021, limitavam-se a 15,5%. As duas faixas com idades mais elevadas (50 a 64 anos e 65 anos ou mais) foram as únicas a ter saldos negativos.

O salário médio real de admissão no mercado formal do Rio Grande do Sul situava-se, em novembro último, 1,9% acima do praticado no mesmo mês do ano anterior e atingia R$ 1.801,52. Entretanto mantinha-se 9,2% inferior ao valor de novembro de 2020.

Texto: Ascom SPGG
Edição: Secom