Superar todos os limites e tornar-se um policial especialista em resgate. Esta é uma das premissas do curso de Operador Aerotático da Brigada Militar, considerado um dos mais difíceis dos órgãos de segurança do Rio Grande do Sul. Tanto que foram 106 inscritos, 29 considerados aptos e apenas 11 que concluíram os 89 dias de curso. Entre eles está o inspetor de Polícia da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Bento Gonçalves (DPPA), Douglas Mattiello.
Ele participou da 5ª Turma do Curso de Operador Aerotático, realizado no Centro de Formação Aeropolicial (CFAer) em Capão da Canoa. Nestes 89 dias de treinamento, os policiais aprenderam técnicas de policiamento áereo, salvamento aquático e em altura, armamento e tiro embarcado em helicóptero, noções de sobrevivência e incursão em local de risco, entre outros.
O operador aerotático desempenha todas as atividades dentro da aeronave, exceto pilotar. Estão entre as funções auxiliar pessoas no embarque e desembarque (autoridades, médicos, enfermeiros, feridos), fazer salvamento aquático, imobilizar e remover vítimas. O tripulante precisa estar preparado para perseguições policiais e abordagens em locais de difícil acesso. Posicionado junto a uma das portas da aeronave, também representa os olhos do piloto. Precisa orientá-lo, por exemplo, se há alguém no local onde precisa pousar.
As buscas a assaltantes de banco estão entre os casos mais rotineiros atendidos pelos operadores aerotáticos. Nessas situações, a aeronave é enviada para o local para dar apoio às tropas que estão no chão. O mesmo policial que faz esse tipo de operação é o que, no verão, resgata pessoas no mar, durante a Operação Golfinho.
Mas não é à toa que Douglas Mattiello ficou no Top 11 de um dos cursos mais difíceis da polícia do Rio Grande do Sul. Morador de Serafina Corrêa, o policial atua há vários anos em Bento Gonçalves, desde que foi aprovado no concurso da Polícia Civil. Formado em Direito e graduando de Educação Física, Mattiello também é Triatleta, tendo participado de várias provas do Iromen pelo Brasil. A disciplna nos treinamentos foram fundamentais para que ele aguentasse a dureza dos 89 dias do curso. Agora, com a formção concluída, Douglas Mattiello aguarda o chamado para atuar em uma das unidades operacionais do estado, entrando para o seleto grupo de operadores aerotáticos do Rio Grande do Sul.