Geral Contrariedade
Lançado abaixo-assinado contra mudanças no Plano Diretor em Bento Gonçalves
Manifesto quer reunir assinaturas para evitar que mudanças drásticas sejam feitas nos bairros da cidade e também no interior. Saiba como assinar.
08/09/2022 08h56 Atualizada há 3 anos
Por: Marcelo Dargelio

Começa a ficar acirrada as questões envolvendo as mudanças no Plano Diretor de Bento Gonçalves que estão em tramitação na Câmara de Vereadores. Nesta quinta-feira, 8 de setembro, acontece a primeira audiência pública para debater o tema, a partir das 18h, no salão comunitário do 8 da Graciema, no Vale dos Vinhedos. Na noite desta quarta-feira, 7 de setembro, foi lançado um abaixo-assinado contra as emendas propostas no Plano Diretor pelos vereadores. Clique aqui e acesse a ínegra do manifesto.

A petição foi proposta pela Associação de Moradores do Bairro São Bento e é contrária aos Projetos de Lei Complementar números 10 e 12, que tramitam na Câmara de Vereadores. Segundo a entidade, os projetos e suas emendas provocam modificações pesadas de Zoneamento e Índices Construtivos no bairro São Bento, além de atacarem frontalmente a participação e atuação dos conselhos municipais, tentando eliminar a participação popular nas decisões da Cidade. Uma imagem da praça Achyles Mincarone (na Igreja São Bento), cercada por prédios, foi criada para ilustrar o que deve acontecer no entorno do bairro, caso sejam aprovadas as mjudanças no Legislativo. 

A entidade acredita que as propostas destas emendas estão na contramão da tendência global pela busca de Cidades Inteligentes, que objetivam garantir melhor qualidade de vida, inclusão e o desenvolvimento social e econômico sustentável nos municípios. "A quem interessa esta revisão, com mudanças tão drásticas, propostas de afogadilho e sem qualquer estudo de impacto sobre a mobilidade urbana, a infraestrutura e a integração com a vizinhança? Inexiste qualquer demanda razoável e tais alterações não atendem a anseios dos moradores do bairro, os quais sequer foram consultados!", destaca o documento.

Para os integrantes da associação, o impacto negativo destas alterações radicais que propõem um aumento significativo no adensamento populacional via extrema verticalização seria sentido por todos os moradores do bairro e do município. Uma construção sem limite de altura, principalmente em uma topografia naturalmente desnivelada como em nosso município, provocaria sombreamento, efeitos negativos sobre os imóveis vizinhos, não somente pelo aspecto arquitetônico, mas principalmente, por questões de infraestrutura: sanitárias, ambientais e de mobilidade, também destaca o manifesto.

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