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Associações de vigilantes pedem porte de arma fora do local de trabalho
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados discutiu nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei 2712/21, que permite que os vigilantes de e...
02/08/2022 20h25
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Debatedores na Comissão de Segurança Pública nesta terça - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados discutiu nesta terça-feira (2) o Projeto de Lei 2712/21, que permite que os vigilantes de empresas de segurança privada portem armas fora do ambiente de trabalho.

Atualmente, existem várias propostas sobre o tema em análise na Câmara. Para o presidente da Associação de Delegados de Polícia do Brasil, Rodolfo Queiroz Laterza, é preciso construir um texto final claro, para não haver insegurança jurídica para os vigilantes.

“É muito importante que haja uma clareza; caso contrário, por mais que a proposição legislativa, o espírito da lei, seja ótimo [infelizmente no Brasil funciona assim], fica difícil trazer uma regulamentação adequada, e isso gera insegurança para os profissionais”, disse.

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O presidente da Associação Nacional Vigilantes com Orgulho, Giovane Rodrigues, afirmou que é preciso garantir o porte de arma para os profissionais, que, em sua opinião, são vítimas de preconceito, uma vez que passam por treinamento e são testados a cada dois anos para garantir a segurança de pessoas e de patrimônio.

“Nós entendemos que a nossa atividade tem relevância nacional: nós protegemos vidas, e nós queremos simplesmente o direito de poder defender a própria vida”.

Treinamento
O deputado Antônio Furtado (União-RJ) é o autor do PL 2712/21, que altera o Estatuto do Desarmamento para garantir a posse de arma de fogo para os vigilantes também fora do ambiente de trabalho.

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Antônio Furtado lembrou que os vigilantes de empresas sérias recebem treinamento da Polícia Federal para exercer suas funções, e por isso podem representar um reforço também na segurança pública.

“Muitas vezes, esse vigilante pode se deparar com um crime e pode atuar sim, como o próprio Código de Processo Penal prevê, como um agente para salvaguardar a segurança em todo o país”.

O diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcus Vinícius Avelino, afirmou que já existe previsão legal para que os vigilantes tenham o porte de armas, uma vez que isso é garantido por lei para qualquer pessoa que preencha os requisitos da Polícia Federal.