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Comissão aprova projeto que reserva 35% da geração de fontes eólicas para distribuidoras locais
Rodrigo Pertoti/Câmara dos Deputados Vaz: proposta limita a reserva à energia gerada por fonte eólica A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos...
04/07/2022 14h25
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Vaz: proposta limita a reserva à energia gerada por fonte eólica - (Foto: Rodrigo Pertoti/Câmara dos Deputados)

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que reserva para a distribuidora de energia elétrica até 35% da energia proveniente de usina eólica localizada no mesmo estado e contratada em processo de licitação de novos empreendimentos de geração para atendimento do ambiente regulado.

O objetivo da proposta é garantir que parte da oferta local de geração eólica de energia elétrica seja consumida também localmente. O texto aprovado é o substitutivo do deputado Elias Vaz (PSB-GO) ao Projeto de Lei 2119/15, do ex-deputado Heráclito Fortes (PI).

O substitutivo engloba ainda uma proposta que tramita apensada e trata do mesmo assunto (PL 9561/18). A versão aprovada altera a Lei de Comercialização de Energia Elétrica, de 2004.

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O relator afirmou que a proposta vai beneficiar os consumidores, principalmente dos estados mais extensos e com menor consumo, onde o custo da distribuição de energia elétrica é mais alto.

“A reserva de parte da energia gerada a partir de fontes eólicas para a distribuidora local possibilita maior oferta de energia para esses concessionários. Esse aumento de oferta proporciona competição mais acirrada entre os geradores e, consequentemente, melhores preços para a distribuidora, que se reflete em redução sobre a tarifa ao consumidor”, disse Elias Vaz.

Alteração
A principal mudança do substitutivo em relação à proposta original é limitar a reserva de mercado apenas à energia gerada por fonte eólica. O texto original permite, por exemplo, a destinação às distribuidoras locais da energia gerada por fontes termelétricas em seus territórios.

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“A fonte eólica foi escolhida por ter forte expansão em unidades da federação com situação econômica menos favorável”, explicou o relator.

O texto aprovado estabelece ainda que, se a opção pela fonte eólica for mais cara, não haverá necessidade de reserva dos 35% da energia gerada para as distribuidoras locais.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).