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Comissão aprova projeto que destina recursos de leilões da Receita Federal às santas casas
Billy Boss/Câmara dos Deputados Júlio Cesar: entidades oferecem contribuição inestimável A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputa...
24/06/2022 08h00
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Câmara de Notícias
Júlio Cesar: entidades oferecem contribuição inestimável - (Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que destina ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), por até cinco anos, 40% do resultado dos leilões de mercadorias apreendidas realizados pela Receita Federal. A proposta altera o Decreto-Lei 1.455/76, que hoje repassa os recursos à Seguridade Social.

O texto foi aprovado na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Júlio Cesar (PSD-PI), ao Projeto de Lei 2526/19, do deputado Eduardo Costa (PSD-PA). O relator manteve a ideia original ao prever que o FNS repassará o montante obtido aos entes federativos, para que custeiem as santas casas de misericórdia, e limitou o período de vigência a cinco anos para adequação à legislação.

“Apesar dos hospitais, postos e unidades de saúde mantidos pelos governos em todas as esferas, a demanda da população simplesmente não poderia ser atendida se não fosse a contribuição inestimável oferecida pelas entidades filantrópicas”, disse Júlio Cesar, ao defender o apoio financeiro às santas casas.

Santas casas
No Brasil, as primeiras santas casas surgiram em 1543 e precedem a própria organização jurídica do Estado brasileiro, criado por meio da Constituição Imperial de 25 de março de 1824.

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Das santas casas, derivaram outras entidades similares, como as beneficências portuguesas, os hospitais filantrópicos das comunidades judaica, japonesa, sírio-libanesa, ou mesmo ligadas a movimentos das religiões católica, protestante, evangélica, espírita, entre outras, totalizando, até os dias atuais, cerca de 2.100 estabelecimentos de saúde.

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.