Segurança Golpe
Grupo que aplicava "Golpe de Nudes" é indiciado por crime de extorsão que resultou em morte em Carlos Barbosa
O Inquérito começou a ser construído em 2021 quando um homem de 49 anos, morador do interior do município, se suicidou após não aguentar as chantagens e perder R$ 100 mil
14/06/2022 10h24 Atualizada há 2 anos
Por: Renata Oliveira Fonte: Estação FM
Foto: Reprodução

Depois de muitas investigações, nesta segunda-feira, 13, a Polícia Civil, através da DP Carlos Barbosa, informou que remeteu ao Poder Judiciário o Inquérito Policial que apurou delito de extorsão,  chamado "Golpe do nudes". A prática era organizada por seis pessoas, sendo quatro homens que são presidiários e duas mulheres. Por causa deste crime, em 2021 um morador do interior do município se suicidou após não aguentar mais as chantagens e perder R$ 100 mil.

O Caso

No final de 2021 chegou ao conhecimento da polícia que a vítima, um homem de 49 anos, morador do interior de Carlos Barbosa, teria conhecido uma mulher através da rede social Facebook, até que trocaram o número do WhatsApp e passaram a se comunicar. Em dado momento, a vítima passou a ser extorquida através de mensagens de texto e de áudio pelo App, passando a efetuar inúmeros depósitos para as contas que eram informadas pelos criminosos.

Apesar dos seguidos alertas e orientações repassados pela Polícia e familiares, os depósitos e também as ameaças continuaram, em grau cada vez mais grave, entre os quais estavam a ameaça de prisão.  Os criminosos, recolhidos ao sistema penitenciário, se passavam por funcionários da Justiça e também por Policiais Civis.

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Em janeiro, a vítima, não suportando mais as extorsões que vinha sofrendo, acabou por tirar a própria vida, cometendo suicídio. As investigações conduzidas pela DP Carlos Barbosa, apuraram que a vítima sofreu um prejuízo em torno de 100 mil reais, sendo identificados e indiciados seis indivíduos. 

Conforme a Polícia, além dos quatro homens, todos presidiários, outras duas mulheres  prestaram auxílio, através do empréstimo de contas correntes e realização de transferências e transações bancárias. Os indiciados irão responder pelo crime de extorsão, com resultado morte, cuja pena é equiparada à do crime de Latrocínio, de 20 a 30 anos de prisão.