Há aproximadamente um ano e meio, a bento-gonçalvense Lilian Fernandes Fão Figueiredo convive com um problema grave em sua perna, que mudou completamente a sua rotina. Depois de levar uma picada de aranha, uma grande lesão apareceu, a qual avançou para necrose, resultando em uma grande abertura. Com risco de amputação, Lilian necessita angariar fundos para custear um tratamento para que consiga voltar a ter uma vida normal.
Mãe de duas filhas, Lilian teve que morar com a sua mãe, que a ajuda as cuidar. O marido, que trabalhava como caminhoneiro, arrumou um novo serviço para auxiliar a sua esposa por conta das dificuldades enfrentadas. A sua vida foi transformada por conta do problema causado pela picada. Hoje, ela convive diariamente com muita dor em função da abertura que se formou em sua perna por conta da piora significativa do local.
Ao longo das diversas consultas e tratamentos, Lilian esbarrou em dificuldades. “Começamos a tratar para poder fechar, mas desde o começo nenhum médico clínico me encaminhou para um especialista. Em setembro do ano passado paguei uma consulta particular com um dermatologista. Tratamos, começou a dar resultado, mas comecei a ter inflamações e infecções”, relata.
Ela foi internada na UPA e fez uso de antibióticos. Neste tempo, Lilian foi encaminhada para o tratamento com ozônioterapia no INSS. No entanto, após o afastamento da profissional que realizava o procedimento, a Secretaria da Saúde determinou que o tratamento não iria mais ser realizado.
No Hospital Tacchini, os médicos encontraram uma alternativa, que seria a utilização dos curativos a vácuo, no entanto houve negativa da secretária quanto ao custeio do tratamento, conforme relata Lilian. Com isso, a chance de amputação aumentou significativamente, uma vez que, posteriormente a interrupção da ozonioterapia, houve agravamento da situação, associada a secreção e áreas de necrose, conforme diagnósticos recentes.
ATENÇÃO, IMAGEM SENSÍVEL
De acordo com o secretário-adjunto de saúde, Gilberto Júnior, o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem o curativo a vácuo para tratamento. Portanto, a única forma de conseguir, conforme explica Gilberto, é através da judicialização, encaminhando a negativa municipal e estadual à Defensoria Pública. No entanto, como se trata de um procedimento urgente, por conta do risco de amputação, Lilian procurou o tratamento na rede particular de saúde.
Quanto à ozonioterapia, o procedimento foi desabilitado por conta do remanejamento de profissionais para a UPA e para o Pronto Atendimento da Zona Norte por conta da pandemia e da perda de profissionais, conforme explica o secretário-adjunto. “Desabilitamos esse serviço por hora, até porque tínhamos pouca demanda, não era um número grande de pacientes que faziam esse tratamento e achamos melhor dar atenção maior às unidades de saúde e atenção básica para, no futuro, voltarmos com esse serviço”, relata.
Atualmente, ela faz uso de antibióticos e curativos simples para cobrir o local afetado. Em consultas em Caxias do Sul, Lilian encontrou duas alternativas, porém ambas com um custo elevado. O primeiro seria o curativo a vácuo, que teria um custo aproximado de R$ 3 mil por semana, o qual ela utilizaria em torno de dois a três meses. Outra alternativa é a Oxigenioterapia Hiperbárica, o qual Lilian teria que realizar 80 sessões, o que totalizaria um montante de R$ 40 mil.
Como ajudar?
A comunidade de Bento Gonçalves pode ajudar Lilian para angariar fundos para o custeio do tratamento. Quaisquer doações em dinheiro podem ser feitas através do PIX – chave 54992055764 (telefone), que está no nome de Lilian Fernandes Fão Figueiredo. Além disso, também é possível ajudar com a doação de alimentos para o jantar beneficente que será organizado em breve pela família em prol de Lilian. O contato pode ser feito através do número (54) 992055764.