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Demora no atendimento de crianças na UPA de Bento vira caso de polícia
Mais uma vez, a Brigada Militar precisou ser chamada devido à revolta de pais que ficaram mais de 6 horas esperando pelo atendimento médico na unidade de saúde.
21/04/2022 10h30
Por: Marcelo Dargelio
Mães e pais chegaram a ficar esperando mais de seis horas por atendimento na UPA - Foto: NB Notícias

O caos no atendimento médico de crianças na Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas de Bento Gonçalves (UPA) tem ultrapassado todos os limites da tolerância. Mesmo que a prefeitura municipal tenha garantido que há diariamente dois pediatras atendendo no local, mães que estão indo na unidade relatam que apenas um profissional tem realizado o atendimento e que a espera chega a superar as seis horas.

Nesta quarta-feira, 20 de abril, algumas mães acionaram a Brigada Militar para denunciar o que chamaram de negligência médica. Muitas delas chegaram antes das 10h e, passava das 15h30, a maioria delas não tinha sido atendida. As mulheres protestaram na entrada da casa de saúde pedindo que os médicos voltassem a atender. 

Lorisa Barbosa, uma das mães que estavam com crianças na fila de espera, relatou que uma das mulheres que aguardava teve um surto de raiva e chamou a BM por não aguentar mais esperar com o filho de 3 anos que estava com mais de 39 de febre. "A prefeitura sempre diz que tem dois pediatras atendendo, mas as funcionárias nos falaram que apenas um está fazendo o serviço. Isso é uma falta de respeito com a população", destacou a paciente indignada.

Na semana passada, 15 de abril, feriado de Sexta-feira Santa, algumas mães relataram que foram mandadas embora durante a tarde. Juli Baranoski revelou que seu filho Pedro não estava bem e, mesmo assim, não conseguiu atendimento. Segundo ela, as mães foram orientadas para voltarem a partir das 19h, pois não havia pediatra disponível naquele horário.

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De acordo com a secretária municipal de Saúde, Tatiane Fiorio, o atendimento na unidade vem sendo monitorado constantemente. Ela relata que na tarde do feriado, os médicos informaram que haviam concluído os atendimentos na barraca antes das 16h e que não havia mais ninguém na espera para ser atendido.