Economia Trabalho e renda
Janeiro impulsionou a retomada do saldo positivo de empregos em Bento
Dados indicam que a geração de postos de trabalho no primeiro mês deste ano praticamente recuperou as perdas do final de 2021 e alcançou a oitava melhor marca no estado
24/03/2022 09h37
Por: Marcelo Dargelio
(Reprodução)

Depois de encerrar 2021 com o fechamento de 692 vagas de trabalho, Bento Gonçalves voltou a registrar grande geração de emprego no primeiro mês deste ano, praticamente recuperando as perdas. De acordo com o mais recente boletim emitido pelo Observatório da Economia (OECON), o município fechou janeiro com o melhor resultado dos últimos 12 meses, criando 604 empregos – 8ª melhor marca registrada no Estado.

Ao contrário do último boletim, quando todos os setores econômicos tiveram saldos negativos de empregos, desta vez todos fecharam no azul, mostra o órgão do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), a partir dos dados do Novo Caged. A indústria gerou mais da metade das oportunidades (306), devolvendo, assim, quase todas as vagas fechadas em dezembro (-316). Os destaques ficaram para os segmentos de fabricação de bebidas (93) e produtos alimentícios (75).  O setor de serviços também teve grade desempenho, criando, em janeiro (248), mais vagas do que fechou no último mês do ano passado (-235). Os setores de construção e comércio tiveram saldo positivo de 26 e 22, respectivamente.

No acumulado dos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2021 e janeiro de 2022, Bento Gonçalves criou 1.904 novos postos de trabalho. “O total é semelhante ao volume obtido no somatório desde março de 2020, quando iniciaram as restrições sanitárias devido à pandemia (1.893)”, considera o professor Fabiano Larentis, membro do OECON e autor do boletim.

Caso o ritmo de contratação permaneça, Bento alcançaria um total de 48 mil empregos em fevereiro e de 48,2 mil empregos em março, de acordo com Larentis. A previsão informada para janeiro no boletim anterior foi de 47,9 mil, uma diferença de 0,4% em relação ao realizado. “É preciso aguardar os efeitos dos cenários econômicos nacional e internacional, com destaque à guerra na Ucrânia, assim como as deliberações e repercussões relativas ao arrefecimento da pandemia”, pondera o professor.