Bairros Reclamação
Empresa Rinaldi se manifesta sobre fumaça que cobriu o bairro Licorsul, em Bento Gonçalves
De acordo com o comunicado oficial, pequena falha em um processo interno gerou a liberação maior de resíduos que, segundo a companhia, não são nocivos à saúde humana e ao meio ambiente
10/01/2022 14h05 Atualizada há 2 anos
Por: Marcelo Dargelio
(Reprodução)

Na noite deste domingo, 9, o NB Notícias reproduziu um vídeo feito por moradores do bairro Licorsul, em Bento Gonçalves, que manifestaram preocupação com a grande quantidade de fumaça expelida dos pavilhões da empresa Rinaldi Pneus. Na gravação, é possível ouvir uma residente afirmar que está "sem condições de respirar dentro de casa" devido à quantidade de resíduos liberada no ar. "Realmente é uma vergonha, moro no Licorsul e tem dias que temos que colocar panos entre as janelas para amenizar o odor e a dificuldade de respirar", comenta outra pessoa junto à postagem do NB.

Houve relatos, inclusive, de que a "nuvem" chegou também ao bairro São Francisco e ao Centro. Diante da repercussão do fato, a empresa emitiu uma nota oficial no começo da tarde desta segunda-feira, dia 10. No comunicado, a Rinaldi "esclarece que as imagens exibidas em vídeo enviado ao site Notícias de Bento na noite do domingo (9 de janeiro) mostram o resultado de um processo que gerou vapor de água oriundo do abafamento na etapa de acendimento, o que não gera nenhum dano à saúde da comunidade". Segundo o informe, esse procedimento é habitual, já que "semanalmente, a caldeira é ligada para iniciar a produção dos pneus", mas, neste domingo, "uma questão operacional gerou a emissão de mais vapor do que o de costume, causado pelo abafamento durante a passagem de lenha para cavaco, sendo uma situação pontual".

A companhia garante, ainda, que esse imprevisto não provoca qualquer dano ambiental e que sua operação é auditada "com frequência pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que é o órgão responsável". “O que aconteceu na noite deste domingo envolve, especificamente, uma espécie de trancamento de cavacos no acionamento da caldeira, fazendo com que eles caíssem na caldeira de forma concentrada e gerando assim um volume de vapor mais significativo do que o habitual. Além da fiscalização dos órgãos competentes, temos uma assessoria ambiental para esse tipo de controle. Em nenhuma das inspeções apresentamos problemas na caldeira e nas emissões geradas por ela”, explica Silvio Grecco, gerente industrial da empresa.

Além disso, a empresa ressalta que toda a biomassa usada e que gera a produção deste vapor é proveniente de reflorestamento. "Antigamente, o uso de fontes energéticas não renováveis (como derivados de petróleo) eram as únicas usadas para a produção de energia. Com o passar dos anos, alternativas passaram a serem buscadas e a madeira em cavaco surgiu como uma opção viável que abastece a caldeira e gera um impacto extremamente reduzido ao meio ambiente", completa a nota.

Por fim, a Rinaldi – que é uma das três empresas que mais emprega em Bento Gonçalves, com um quadro de mais de 800 colaboradores – salienta que "está inserida no mesmo endereço durante estas mais de cinco décadas e, com o crescimento urbano no entorno, sempre buscou soluções que minimizam qualquer impacto social e ambiental, além de sempre atender às especificações técnicas solicitadas pela legislação ambiental".

Confira o comunicado na íntegra:

Nota oficial da Rinaldi Pneus para o veículo Notícias de Bento

A Rinaldi Pneus, indústria situada em Bento Gonçalves há 52 anos, esclarece que as imagens exibidas em vídeo enviado ao site Notícias de Bento na noite do domingo (9 de janeiro) mostram o resultado de um processo que gerou vapor de água oriundo do abafamento na etapa de acendimento, o que não gera nenhum dano à saúde da comunidade. 

Semanalmente, a caldeira é ligada para iniciar a produção dos pneus. A etapa de queima das lenhas de madeira e cavacos gera a emissão de dióxido de carbono e vapor da água presente nesse tipo de combustível. Neste domingo, uma questão operacional gerou a emissão de mais vapor do que o de costume, causado pelo abafamento durante a passagem de lenha para cavaco, sendo uma situação pontual. A empresa esclarece que esta emissão de vapor não gera dano ao meio ambiente ou à comunidade do entorno, já que todos os processos executados dentro da Rinaldi são auditados com frequência pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que é o órgão responsável.

“O que aconteceu na noite deste domingo envolve, especificamente, uma espécie de trancamento de cavacos no acionamento da caldeira, fazendo com que eles caíssem na caldeira de forma concentrada e gerando assim um volume de vapor mais significativo do que o habitual. Além da fiscalização dos órgãos competentes, temos uma assessoria ambiental para esse tipo de controle. Em nenhuma das inspeções apresentamos problemas na caldeira e nas emissões geradas por ela”, explica Silvio Grecco, gerente industrial da empresa.

Além disso, toda a biomassa usada e que gera a produção deste vapor é proveniente de reflorestamento. Antigamente, o uso de fontes energéticas não renováveis (como derivados de petróleo) eram as únicas usadas para a produção de energia. Com o passar dos anos, alternativas passaram a serem buscadas e a madeira em cavaco surgiu como uma opção viável que abastece a caldeira e gera um impacto extremamente reduzido ao meio ambiente.

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Vale ressaltar que a Rinaldi Pneus está inserida no mesmo endereço durante estas mais de cinco décadas e, com o crescimento urbano no entorno, sempre buscou soluções que minimizam qualquer impacto social e ambiental, além de sempre atender às especificações técnicas solicitadas pela legislação ambiental. 

A Rinaldi Pneus é uma das três empresas que mais emprega em Bento Gonçalves, tendo atualmente um quadro de mais de 800 colaboradores, o que corrobora a preocupação ambiental e a responsabilidade com a comunidade em que está inserida.