Segurança Deu ruim
Dois homens são presos ao seguirem ex-companheiras até Delegacia da Mulher
Flagrantes aconteceram em um intervalo de 12 horas, entre a noite da quinta-feira, 25, e a manhã desta sexta-feira, 26.
26/12/2025 19h44 Atualizada há 4 horas
Por: Marcelo Dargelio

Em um intervalo de menos de 12 horas, dois homens foram presos em flagrante após perseguirem as ex-companheiras até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), no bairro Azenha, em Porto Alegre. Os casos ocorreram entre a noite de quinta-feira (25) e a manhã desta sexta-feira (26) e acenderam um alerta sobre a gravidade da violência contra a mulher, inclusive em momentos em que as vítimas buscam proteção do Estado.

As prisões foram realizadas dentro da própria unidade policial, no momento em que as mulheres registravam ocorrência e solicitavam medidas protetivas de urgência.

Primeiro caso: perseguição, ameaças e invasão da delegacia

O primeiro flagrante ocorreu na noite de quinta-feira. Um homem de 60 anos foi preso após seguir a ex-companheira, de 30 anos, até a delegacia. Segundo a Polícia Civil, a vítima havia encerrado um relacionamento de três meses e passou a ser perseguida pelo suspeito.

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Durante o trajeto até a DEAM, o homem teria corrido atrás da mulher, gritado em via pública e feito ameaças de cunho intimidatório. Mesmo após ser informado de que estava sendo denunciado, ele entrou na delegacia, sendo detido imediatamente pelos policiais de plantão.

A mulher solicitou medidas protetivas de urgência, previstas na Lei Maria da Penha.

Segundo caso: ameaças e violência psicológica

Menos de 12 horas depois, na manhã desta sexta-feira, 26, um segundo caso foi registrado na mesma unidade. Um homem de 20 anos foi preso após perseguir a ex-companheira e fazer ameaças constantes, incluindo a divulgação de imagens íntimas da vítima.

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De acordo com a investigação, o suspeito seguiu a mulher de motocicleta por diferentes trajetos e passou a rondar a delegacia. Ele chegou a entrar no prédio, onde foi abordado e preso em flagrante.

Neste caso, o homem responderá pelos crimes de ameaça, perseguição e violência psicológica. A vítima também solicitou medidas protetivas.

Violência que ultrapassa limites

Para a Polícia Civil, os dois episódios demonstram o grau de intimidação e controle exercido pelos agressores, que chegaram a invadir o espaço institucional destinado à proteção das mulheres na tentativa de impedir denúncias.

A Delegacia da Mulher reforça que seguir, ameaçar, vigiar ou constranger vítimas, mesmo após o término do relacionamento, configura crime e deve ser denunciado imediatamente.

Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo telefone 180, que funciona 24 horas por dia, ou diretamente nas delegacias especializadas.