O Tribunal do Júri de Novo Hamburgo condenou, na noite desta segunda-feira (16), Kauana Nascimento a 44 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelo assassinato da própria filha, Anna Pilar Cabrera, de sete anos. O crime ocorreu em agosto de 2024 e gerou forte comoção na região, levantando discussões sobre a segurança de crianças e a violência intrafamiliar.
Durante o julgamento, os jurados acolheram todas as qualificadoras apontadas no inquérito policial. O crime foi considerado cometido por motivo torpe, de forma cruel, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra uma menor de idade. Com a decisão, a ré deverá cumprir a pena imediatamente, em regime fechado, conforme estipulado pela legislação.
A defesa de Kauana Nascimento argumentou que ela sofria um surto psicótico no momento do crime, buscando afastar a responsabilidade penal. No entanto, essa tese não foi aceita pelo Conselho de Sentença, que considerou as evidências apresentadas durante o processo. O juiz Flávio Curvello Martins de Souza, ao proferir a sentença, expressou sua emoção e fez referência a outros casos registrados no Rio Grande do Sul, onde crianças foram vítimas de homicídios praticados por seus genitores.
A condenação de Kauana Nascimento destaca a gravidade dos crimes de violência contra crianças e o impacto social que esses atos geram. A decisão do tribunal reflete não apenas a busca por justiça para a vítima, mas também a necessidade de medidas mais eficazes para proteger as crianças em situações vulneráveis.
O caso continua a ser um tema de debate na sociedade, com apelos por políticas públicas que visem à prevenção de crimes semelhantes no futuro. As autoridades locais estão sob pressão para implementar ações que garantam a segurança das crianças e a proteção de suas famílias.