O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal realize uma perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após a defesa de Bolsonaro apresentar exames que, segundo Moraes, não são atualizados e não garantem uma avaliação imparcial sobre a necessidade de intervenção cirúrgica.
Os advogados do ex-presidente solicitaram na terça-feira (9) a transferência de Bolsonaro para prisão domiciliar, argumentando que ele enfrenta uma piora no quadro de soluços e necessita de avaliação médica adequada. Atualmente, Bolsonaro está detido em uma sala de 12 metros quadrados na sede da Polícia Federal, onde tem reclamado da falta de espaço e assistência.
De acordo com informações da CNN, Moraes considera a possibilidade de transferir Bolsonaro para um espaço maior, ainda que permaneça em regime fechado. Uma das opções discutidas é a unidade prisional conhecida como Papudinha, onde está detido o ex-ministro Anderson Torres. No entanto, magistrados ouvidos pela emissora indicam que, no curto prazo, a concessão de prisão domiciliar é improvável.
A decisão de Moraes é influenciada pela necessidade de manter uma imagem de força do STF, especialmente após tentativas de violação de tornozeleira eletrônica por parte do ex-presidente. Existe preocupação de que, ao obter o benefício da prisão domiciliar neste momento, Bolsonaro possa buscar abrigo em uma representação diplomática.
Para 2026, a análise do quadro de saúde de Bolsonaro pode favorecer a concessão de prisão domiciliar, considerando suas comorbidades, que incluem crises frequentes de soluços e enjoo. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, enquanto o ex-presidente permanece sob custódia.