Segurança Caso chocante
Mãe de criança abusada é presa por omissão de cuidados
A prisão preventiva foi cumprida após investigações da Polícia Civil, que revelaram comportamentos suspeitos da mulher desde o início do caso.
10/12/2025 14h35 Atualizada há 2 horas
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
Reprodução/Especial

Na manhã desta quarta-feira (10), a mãe de um menino de apenas 2 anos, que foi abusado sexualmente pelo pai, foi presa em Canoas sob a acusação de omissão em relação aos abusos sofridos pela criança. A prisão preventiva foi cumprida após investigações da Polícia Civil, que revelaram comportamentos suspeitos da mulher desde o início do caso, que ganhou notoriedade após a internação da criança em um hospital local.

O menino deu entrada no Hospital Nossa Senhora das Graças no dia 18 de novembro, apresentando um quadro grave com sinais de vômito e diarreia. Durante a avaliação médica, foram encontrados hematomas pelo corpo e indícios de abuso sexual, levando a equipe médica a acionar a Brigada Militar. O pai da criança foi preso como principal suspeito, enquanto o tio, também envolvido, foi assassinado dias depois.

De acordo com o delegado Maurício Barison, a mãe da criança demonstrou comportamento alarmante, negando sua maternidade e tentando fugir do hospital assim que a situação se tornou crítica. Além disso, testemunhas relataram que a mulher era agressiva e frequentemente agredia seus filhos. A investigação apontou que a saúde da criança era negligenciada, com episódios de mal-estar não tratados pelos pais.

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O inquérito revelou ainda que o consumo de drogas, especialmente cocaína, era frequente no ambiente familiar. Há relatos de que o pai colocava "pozinho branco" na mamadeira do menino, o que indica uma grave violação dos cuidados básicos. A situação se agravou ao surgirem denúncias de importunações sexuais cometidas pelo pai, o que fundamentou o pedido de prisão preventiva da mãe por omissão.

Após semanas internada, a criança foi transferida para um abrigo do Estado, enquanto o Ministério Público do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação de destituição familiar contra ambos os pais. Essa medida visa retirar permanentemente os direitos e deveres parentais, um procedimento raro que ocorre em casos de grave violação dos direitos da criança. O processo também abrange o irmão da vítima, que está sob a tutela do Estado desde que o caso veio à tona.