A cúpula nacional do PL tem defendido que o senador Flávio Bolsonaro (RJ) realize, no início do ano que vem, um "road show" junto ao mercado financeiro. A estratégia visa promover encontros com fundos de investimento e com o setor produtivo, buscando acalmar os ânimos após a recente escolha de Flávio como pré-candidato à presidência em detrimento de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O impacto dessa decisão já se refletiu nas oscilações do mercado: o dólar teve alta e a Bolsa registrou queda.
Para potencializar essa iniciativa, deputados bolsonaristas sugerem que Flávio conte com a colaboração de ex-ministros de seu pai, como Paulo Guedes (Economia) e Adolfo Sachsida (Minas e Energia). O objetivo é que o senador demonstre uma postura de moderação e equilíbrio, reafirmando seu compromisso com a continuidade das políticas econômicas do governo anterior, que incluem reformas estruturais de caráter privatista e liberalizante.
Além de acalmar o mercado, o "road show" pode servir como um espaço para Flávio começar a formular um plano de governo econômico, o que é crucial para atrair potenciais doadores de campanha. A dinâmica política atual, marcada por incertezas, exige que o pré-candidato apresente propostas concretas e viáveis, especialmente em um cenário econômico desafiador.
Até o momento, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não se posicionou publicamente sobre a escolha de Flávio como candidato à sucessão presidencial. A falta de um posicionamento claro pode intensificar as especulações sobre as estratégias políticas do PL e suas repercussões no mercado financeiro.
Diante desse cenário, a importância do "road show" se torna evidente. A iniciativa não apenas busca estabilizar o clima econômico, mas também reforçar a imagem de Flávio como um candidato apto a liderar o país em um momento de transição. A expectativa é que, com essa abordagem, o senador consiga conquistar a confiança de investidores e do público em geral.