O preço mínimo da uva industrial será reajustado em 6,5%, passando a ser de R$ 1,80 por quilo a partir de 1º de janeiro de 2026. A nova tarifa, que se aplica aos estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, permanecerá em vigor até 31 de dezembro do mesmo ano, conforme determinado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento foi motivado por um estudo que identificou uma elevação significativa nos custos de produção da fruta.

Entre os principais fatores que contribuíram para a alta estão os aumentos nos gastos com fertilizantes, máquinas agrícolas, defensivos e mão de obra, que tiveram crescimento expressivo nos últimos levantamentos. Segundo a Conab, o novo preço mínimo permitirá que os produtores cubram, ao menos, os custos básicos da produção, o que é crucial para a manutenção da atividade agrícola no campo.

A definição do novo valor foi formalizada por meio da Portaria nº 867, publicada no Diário Oficial da União, e aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com base em uma proposta encaminhada pela Conab ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esta medida não apenas estabelece um parâmetro para o mercado, mas também indica a possibilidade de intervenção do Governo Federal caso os preços pagos aos produtores fiquem abaixo do mínimo estabelecido.

A expectativa entre os representantes do setor é de que o reajuste traga mais segurança aos produtores em um contexto de aumento dos custos, instabilidade climática e oscilações de mercado. O novo valor também serve como referência para o planejamento da próxima safra, um aspecto vital para a sustentabilidade do setor agrícola.

Com a oficialização do aumento, os produtores de uva esperam que o cenário econômico se torne mais favorável, permitindo uma melhor gestão das suas atividades. O impacto dessa decisão será acompanhado de perto por todos os envolvidos na cadeia produtiva da fruta, que desempenha um papel importante na economia rural.