Política Ação reflete tensões
PL cancela almoço com indicado de Lula para o STF
Encontro com Jorge Messias foi cancelado após pressão interna no partido.
02/12/2025 08h38 Atualizada há 2 horas
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
Reprodução/Especial

Membros do Partido Liberal (PL) decidiram cancelar um almoço programado com o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias, que ocorreria em Brasília. A articulação do encontro, promovida pela senadora Eudócia Caldas (PL-AL), mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), gerou descontentamento entre os membros do partido, que consideraram a iniciativa inapropriada.

Senadores do PL, em declarações à CNN, expressaram que a pressão para viabilizar a candidatura de Messias foi um fator crucial para o cancelamento. O líder da oposição no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), criticou a estratégia da senadora, afirmando que "ele tem que buscar voto na base do governo. Não tem que perder tempo com a oposição". A insatisfação com a articulação foi tão intensa que integrantes do partido ameaçaram esvaziar o encontro caso ele não fosse cancelado.

O cancelamento do almoço reflete uma mudança nas dinâmicas políticas dentro do PL, especialmente após a aproximação da família Caldas com o governo Lula. Neste ano, a indicação de Marluce Caldas, tia de JHC, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é um indicativo desse alinhamento. Além disso, há especulações de que João Henrique Caldas poderia deixar o PL em busca de uma nova sigla aliada ao governo.

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As movimentações políticas em torno de Messias e a relação com o PL são emblemáticas em um cenário onde a busca por apoio e votos é crucial para a sustentação do governo. O clima de tensão e descontentamento dentro do partido pode impactar futuras articulações e a estratégia de apoio a candidatos do governo.

O cancelamento do almoço não apenas evidencia as divisões internas do PL, mas também sinaliza os desafios que Jorge Messias enfrentará em sua tentativa de conquistar apoio no Senado. A relação entre o PL e o governo Lula continua a ser monitorada de perto, especialmente com a possibilidade de novas mudanças no cenário político.