Segurança Livres
Influenciadores de Canoas são soltos após acordo com a Justiça
Gladison Pieri e Pâmela Pavão comemoraram a liberdade com fogos de artifício.
01/12/2025 11h18 Atualizada há 7 horas
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
Reprodução/Especial

Após seis meses de prisão, o casal de influenciadores Gladison Pieri e Pâmela Pavão foi solto na última sexta-feira (28) em Canoas, no Rio Grande do Sul. A decisão do Tribunal de Justiça (TJRS) ocorreu após a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares, permitindo que os dois retornassem para casa, onde foram recebidos com queima de fogos de artifício por moradores do bairro Marechal Rondon.

Os influenciadores, que agora respondem a um processo por suspeita de envolvimento em um esquema de jogos de azar e lavagem de dinheiro, foram inicialmente detidos em agosto de 2024 durante a Operação Dubai, que investigou a utilização de rifas virtuais como fachada para movimentações financeiras ilícitas. Segundo a promotoria, o casal e outros quatro indivíduos movimentaram cerca de R$ 80 milhões em dois anos, utilizando os recursos para financiar viagens, adquirir carros de luxo e imóveis milionários.

Com a nova decisão judicial, Gladison e Pâmela estão sujeitos a diversas restrições. Eles não podem sair da comarca, devem se apresentar mensalmente ao juiz, estão proibidos de trocar de endereço e de acessar as redes sociais. Além disso, a Justiça impôs a proibição de contato com testemunhas e outros réus do caso, bem como a obrigatoriedade de comparecer a todos os atos processuais, que visam garantir o andamento do processo.

Uma nova audiência está agendada para o dia 16 de dezembro, quando serão ouvidas testemunhas e os influenciadores serão interrogados. A delegada Luciane Bertoletti, responsável pela investigação, ressaltou que o caso reacendeu discussões sobre o uso das redes sociais para promover atividades ilegais, destacando a forma como o casal vendia a ilusão de ganhar prêmios luxuosos com investimentos baixos.

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A defesa de Gladison e Pâmela, representada pelos escritórios Callegari e Giacomolli, afirma que sempre acreditou na análise cuidadosa dos fatos pelo magistrado e que não havia justificativa para a manutenção da prisão preventiva. Eles garantem que o casal continuará colaborando com o processo e cumprindo as determinações judiciais, confiando na regularidade do devido processo legal.