A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quinta-feira (27), uma operação contra um grupo suspeito de utilizar deepfake do ex-jogador Pedro Geromel para criar anúncios fraudulentos da loja oficial do Grêmio. A ação, que se estendeu aos estados de São Paulo e Paraná, resultou na prisão de três indivíduos e no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão.
Os detidos incluem um homem de 26 anos em Ribeirão Preto (SP), um jovem de 18 anos em Curitiba (PR) e um terceiro suspeito de 28 anos em Sales (SP). A investigação revelou que o grupo utilizava um vídeo deepfake do zagueiro, criado por meio de inteligência artificial, para simular um depoimento autêntico do atleta. O material era veiculado em redes sociais e em páginas falsas, conferindo uma aparência de credibilidade à fraude.
Segundo a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o grupo desenvolveu um site semelhante ao da loja Grêmio Mania, replicando logotipo, paleta de cores e tipografia. Além disso, criaram perfis falsos nas redes sociais para divulgar produtos que, na realidade, nunca eram entregues. Os itens eram oferecidos a preços equivalentes aos do clube, mas com promoções enganosas, como descontos de até 70% e frete grátis.
Os investigadores destacaram que as campanhas patrocinadas impulsionavam os anúncios fraudulentos, redirecionando as vítimas para o site falso. "Esses anúncios eram apresentados como campanhas promocionais legítimas, exibindo produtos com descontos agressivos", afirmaram. O ex-jogador Pedro Geromel expressou seu "total repúdio e desapontamento" com o uso indevido de sua imagem e manifestou apoio à ação policial.
O Grêmio também se posicionou, informando que havia denunciado uma loja virtual falsa que utilizava sua marca de forma indevida. Desde 2025, o clube já havia retirado do ar mais de 20 sites piratas que se passavam por canais oficiais de venda. A operação desta quinta-feira é um desdobramento das ações do clube e das autoridades para coibir fraudes desse tipo.
As autoridades alertam os consumidores a evitarem clicar diretamente em anúncios pagos e a sempre verificarem a URL antes de realizar compras online. Além disso, é fundamental desconfiar de ofertas que parecem boas demais para serem verdade, como promoções relâmpago e frete grátis irrestrito. A investigação continua, e os responsáveis podem enfrentar sérias consequências legais.