Segurança Denúncia do Simers
Médico sem registro é afastado em UPA por suspeita de irregularidades
Profissional atuava na sala vermelha e usava documentos de outros médicos.
25/11/2025 22h48 Atualizada há 19 minutos
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
Reprodução/Especial

Um médico formado no Exterior foi afastado de suas funções na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, após denúncias de que atuava sem o devido registro no Brasil. O nome do profissional não foi divulgado, mas a situação gerou preocupação entre as autoridades locais e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que recebeu a denúncia e acionou o Instituto Maria Schmitt (IMAS), responsável pela administração da UPA.

De acordo com informações do Simers, o médico estava encarregado da sala vermelha da UPA Rio Branco, onde são atendidos casos de urgência, como paradas cardiorrespiratórias e politraumatismos graves. Além disso, ele teria utilizado login, senha e carimbo de outros médicos para realizar atendimentos. O IMAS confirmou que o afastamento foi uma medida preventiva e que solicitou informações sobre a documentação do profissional à empresa responsável pela sua contratação.

O IMAS, em nota, afirmou que o médico possui diploma revalidado no Brasil, "em plena conformidade com a legislação educacional e regulatória vigente", mas não se pronunciou sobre a regularidade do seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). A prefeitura de Canoas anunciou que abrirá um processo administrativo para investigar a situação, ressaltando que não tolera irregularidades e que a gestão das UPAs é de responsabilidade do IMAS.

O Simers planeja comunicar o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil sobre o caso, considerando-o uma "situação de gravidade extrema". O sindicato expressou preocupação com a saúde pública em Canoas, especialmente em um contexto de desassistência e falta de infraestrutura na área da saúde. A direção do sindicato já esteve no local, mas o médico não estava presente no momento da visita.

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Além disso, o Simers solicitará ao Cremers a apuração dos fatos e exigirá que a empresa responsável pelas escalas médicas apresente a documentação e a regularidade dos profissionais contratados. A situação levanta questões sérias sobre a segurança dos atendimentos prestados na UPA e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa das condições de trabalho dos médicos na região.

A atuação de um profissional sem registro em uma sala de emergência é considerada um atentado à saúde pública, e as autoridades locais devem agir rapidamente para garantir a segurança dos pacientes que dependem dos serviços de saúde em Canoas. A continuidade dos atendimentos na UPA não deve ser comprometida, mas a situação exige atenção e medidas corretivas urgentes.

 

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